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terça-feira, 23 de março de 2010

Plano Marshall

Sabes o que foi o Plano Marshall?

Plano Marshall, um aprofundamento da Doutrina Truman, conhecido oficialmente como Programa de Recuperação Européia, foi o principal plano dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa nos anos seguintes àSegunda Guerra Mundial. A iniciativa recebeu o nome do Secretário do Estado dos Estados Unidos, George Marshall.
O plano de reconstrução foi desenvolvido em um encontro dos Estados europeus participantes em julho de 1947. A União Soviética e os países da Europa Oriental foram convidados, mas Josef Stalin viu o plano como uma ameaça e não permitiu a participação de nenhum país sob o controle soviético. O plano permaneceu em operação por quatro anos fiscais a partir de julho de 1947. Durante esse período, algo em torno de US$ 13 bilhões de assistência técnica e econômica — equivalente a cerca de US$ 130 bilhões em 2006, ajustado pela inflação — foram entregues para ajudar na recuperação dos países europeus que juntaram-se à Organização Européia para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Quando o plano foi completado, a economia de cada país participante, com a exceção da Alemanha, tinha crescido consideravelmente acima dos níveis pré-guerra. Pelas próximas duas décadas a Europa Ocidental iria gozar de prosperidade e crescimento. O Plano Marshall também é visto como um dos primeiros elementos da integração européia, já que anulou barreiras comerciais e criou instituições para coordenar a economia em nível continental. Uma conseqüência intencionada foi a adoção sistemática de técnicas administrativas norte-americanas.
Recentemente os historiadores vêm questionando tanto os verdadeiros motivos e os efeitos gerais do Plano Marshall. Alguns historiadores acreditam que os benefícios do plano foram na verdade o resultado de políticas de laissez faire que permitiram a estabilização de mercados através do crescimento econômico. Além disso, alguns criticam o plano por estabelecer uma tendência dos EUA a ajudar economias estrangeiras em dificuldades, valendo-se do dinheiro dos impostos dos cidadãos norte-americanos.
Com a devastação provocada pela guerra, a Europa enfrentava cada vez mais manifestações de contestação aos governos constituídos. Os Estados Unidos analisaram a crise européia e, concluíram que ela punha em risco o futuro do capitalismo, o que poderia prejudicar sua própria economia, dando espaço para a expansão do comunismo.
Com isso, os norte-americanos optaram por ajudar na recuperação dos países europeus. Com esse objetivo criaram o Plano Marshall. No início os recursos foram utilizados para comprar alimentos, fertilizantes e rações. Logo depois, foram adquirindo matérias-primas, produtos semi-industrializados, combustíveis, veículos e máquinas. Aproximadamente, 70% desses bens eram de procedência norte-americana. Além de se beneficiar com o plano Marshall, a França elaborou seu próprio plano de recuperação econômica, o Plano Monnet.
A Inglaterra também se recuperou, porém perdeu a importância econômica e política. A Alemanha e a Itália também entraram em ritmo de recuperação. Com a criação da OTAN, os Estados Unidos visavam garantir a exportação de excedentes e concretizar a hegemonia econômica sobre o velho continente.
Ficheiro:Marshall Plan.png
Ajuda Financeira Recebida
País1948-49
(milhões
de dólares)
1949-50
(milhões
de dólares)
1950-51
(milhões
de dólares)
Total
(milhões
de dólares)
 Alemanha5104385001,448
 Áustria23216670488
 Bélgica e  Luxemburgo195222360777
 Dinamarca10387195385
 França1,0856915202,296
 Grécia17515645366
 Irlanda8845133
 Islândia6221543
 Itália5944052051,204
 Noruega8290200372
 Países Baixos4713023551,128
 Portugal7070
 Reino Unido1,3169211,0603,297
 Suécia3948260347
 Suíça250250
 Turquia285950137
Efeitos:

O Plano Marshall instituído pelos estadunidenses resultou em incrível crescimento econômico para os países europeus envolvidos. A produção industrial cresceu 35%, e a produção agrícola havia superado níveis dos anos pré-guerra.
O comunismo passou a ser considerado pelos dirigentes da Europa Ocidental como uma ameaça menor, e a popularidade dos partidos ou organizações comunistas na região caiu bastante.

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