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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Afonso Costa

Jurista e político português, Afonso Augusto da Costa nasceu a 6 de Março de 1871, em Seia, distrito da Guarda. Foi, por ventura como diz Oliveira Marques (1975), o mais querido e mais odiado dos portugueses. O seu nome simbolizou toda uma política, mesmo um regime. O seu retrato apareceu reproduzido milhares de vezes em livros, jornais, em cartazes, em panfletos, em azulejos, em pratos de barro e latão, em bustos que se vendiam em lojas em Lisboa e Trás-os-Montes. Esteve sempre entre os dois mais votados candidatos republicanos ao Parlamento, onde quer se propusesse, jamais perdendo uma eleição desde 1906. Tornou-se um mito.
O ódio que lhe tiveram também não conheceu limites. Acusaram-no de concussionário* ( *Dicc.:que ou aquele que, no uso das suas funções oficiais, exige indevidamente dinheiro ou outra coisa qualquer.) (diciopédia 2008), de utilizar e até fabricar a lei para proveito próprio, dos numerosos amigos e da sua clientela de advogado, de enriquecer à custa da política. Foi odiado por ter sido o principal fautor da entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial. 
Para todo católico bem formado refere O. Marques(1975), era o mesmo que falar no diabo. Pois fora ele quem expulsara os Jesuítas, frades e freiras, que deixara os sacerdotes a pedir esmola, que proibira as procissões, que deportara  os bispos, que criara o divórcio, que insultara,  a consciência católica da nação e promovera a corrupção da família e da sociedade.
Uma quadra popular de versos, forjada no período da sua mais intensa actividade política, afirmava: «Afonso, teu ilustre nome/Nunca será esquecido/Mesmo depois de morto/Serás sempre conhecido.»
afonso-costa-01.jpg
Advogado, professor universitário, doutrinador e político republicano (parlamentar, estadista e diplomata).


Aliando-se a António José de Almeida, constituiu a chamada União Sagrada, que governaria até 1917, isto é, até à altura em que se deu o golpe de Sidónio Pais. Afonso Costa foi então preso. Uma vez libertado, partiu para França, exilado, mas não demoraria a voltar para Portugal. Morto Sidónio Pais, a situação política proporcionou o regresso.
Em 1919, foi nomeado chefe da delegação portuguesa à Conferência de Paz e à Sociedade das Nações. Depois, porém, deu-se o golpe de 1926, que instaurou a Ditadura Militar, seguindo-se-lhe a consolidação do Estado Novo, alguns anos mais tarde. Num país que vivia sob um regime político que não era aquele por que desde novo combatera, Afonso Costa veio a morrer a 11 de Maio de 1937, em Paris, França.



Bibliografia Consultada: Oliveira Marques (1975)Afonso Costa. Ed. Arcadia. Segunda edição. Págs.485
Diciopédia 2008. Porto Editora. Entrada: Afonso Costa.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Como aprendemos?

Factores psíquicos da aprendizagem

a) A vontade de aprender
b) Interesse: A aprendizagem interessada combina as vantagens da aprendizagem involuntária com as de uma vontade sistemática de aprender ; é a mais desejável de todas as formas de aprendizagem.
c) Inteligência:...O pensamento formal (organizador) deve estruturar e relacionar matérias de aprendizagem de forma adequada aos fins... O significado é o principio que organiza e dá forma à matéria de aprendizagem...

Para mais informação ler livro: Stern, William (1950)Psicologia Geral. 2da edição. Fundação Caloustre Gulbenkiam

Dinheiro vivo tem os dias contados

O temporal que atinge a economia mundial não existe na rede. O comércio electrónico deverá crescer 19% na Europa este ano, de acordo com um estudo da Kelkoo, um site especializado em comparar os preços praticados pelo retalho na internet. Com efeito, o volume de negócios do comércio online atingiu 144 milhões de euros, o que representa  4,7% da facturação total do sector. Alemanha, França e Reino Unido são responsáveis por 79% do total de vendas online na Europa. O êxito do comércio digital , cada vez mais fácil , rápido e seguro, e dos sistemas de transacção electrónica como o PayPal (que permite aos utilizadores transferir dinheiro através da internet em vez de usarem  cheques ou vales postais) alargou o debate sobre a conveniência de continuar a recorrer a dinheiro real. De facto, muitos consumidores já preferem realizar as suas operações exclusivamente com cartões bancários; em países como o Japão ou a Coreia do Sul, já se tornou habitual fazer compras com o telemóvel, e algumas comunidades suecas propõem abertamente a eliminação do dinheiro para melhorar a segurança dos cidadãos.
No que todos os peritos estão de acordo é que a extinção do papel moeda não irá chegar de um dia para o outro. Ainda existem importantes desafios, como interceptar o pagamento fraudulento pela internet ou a duplicação de cartões, que as ligações de muitos países não contemplam ou não sabem enfrentar. Os sistemas electrónicos de pagamento  obrigam os utilizadores a identificar-se, um requisito que poderia tornar as compras e vendas mais transparentes e dificultar a circulação de dinheiro sujo. Para outros, todavia, trata-se de uma intromissão inaceitável  na privacidade do indivíduo. De acordo com a Talaris, uma empresa especializada no tratamento do dinheiro e dos seus ciclos comerciais, o papel-moeda é universalmente aceite e não está sujeito a gastos ou comissões pela sua utilização, o que lhe proporciona uma nítida vantagem sobre os outros meios de pagamento.

Para mais informação ver: Revista Super interessante Nº 151 Novembro 2010 . Portugal Pág.53

 

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

TIPOS DE ALUNOS PROBLEMÀTICOS

Tipos de Alunos Problemáticos

Considerados por Brophy. J. & Good (1996):
Alunos com problemas de realização escolar
.Síndroma de fracasso
. perfeccionistas
.subrealizadores
.baixo rendimento

Alunos com Problemas de Hostilidade
. hostis-agressivos
.passivos agressivos
.desafiadores

Alunos com problemas em cumprir as exigências do papel do aluno
. hiperactivos
.distraídos
.imaturos

Alunos com problemas de isolamento social.
. Rejeitados pelos pares
.Tímidos/isolados

As características de cada um de estes sub-grupos são, resumidamente as seguintes:
1. Síndroma de Fracasso - estes alunos estão convencidos que não conseguem fazer os trabalhos escolares. Frequentemente evitam começar ou desistem facilmente
a. facilmente se sentem frustrados
b. desistem facilmente
c. dizem "não sei fazer"

2. perfeccionistas - alunos invulgarmente ansiosos quanto à eventualidade de cometer erros. Os padrões de realização que se impõem são irrealisticamente elevados nunca ficando satisfeitos com o seu trabalho (nas ocasiões em que deveriam ficar)
a. perfeccionistas
b.frequentemente ansiosos/receosos/frustrados com a qualidade do seu trabalho.
c. evitam participar a menos que estejam absolutamente seguros de si.

3. subrealizadores - estes alunos fazem apenas o mínimo indispensável. Não valorizam o trabalho escolar.
a. indiferentes à escola
b. mínimos em termos de trabalho
c. o trabalho escolar não os incentiva; baixa motivação
4.- baixo rendimento - estes alunos têm dificuldades , mesmo que tenham vontade de trabalhar. O problema é a baixa capacidade ou a impreparação, mais do que a falta de motivação.
a. dificuldades em seguir orientações
b.- dificuldades em completar trabalhos
c. baixa capacidade de retenção
d. zangam-se facilmente

5. hostis -agressivos - expressam a hostilidade através de comportamentos directos e "intensos". Não são facilmente controláveis.
a. intimidam e ameaçam
b. batem e empurram
c. danificam propriedade
d. incompatibilizam-se
e. exibem a hostilidade
f. zangam-se facilmente

6. passivos -agressivos - expressam oposição e resistência ao professor, mas de forma indirecta. Muitas vezes é difícil saber se estão a resistir deliberadamente ou não.
a. oposição e teimosia subtis
b. procuram controlar
c. submetem-se com dificuldades às regras
d. alteram (desfiguram) objectos, mais do danificam
e. perturbam sub -repticiamente
f.arrastam os pés provocatoriamente

7. desafiador - resiste à autoridade e trava uma luta pelo poder com o professor. Quer fazer as coisas à sua maneira e rejeita que lhe digam o que tem que fazer.
a. resiste verbalmente utilizando expressões como:
1. "Não me pode obrigar"
2. "Não me pode dizer o que é que eu tenho que fazer"
3. "Não faço"

b- resiste de forma verbal com atitudes de tipo:
1. olhar com expressão carrancuda, faz caretas, imita o professor
2. braços cruzados, mãos nos quadris, pé a bater no chão
3. olhar para o lado quando falam para ele
4. rir-se em momentos inapropriados
5. ser fisicamente violento para com o professor
6. fazer deliberadamente aquilo que o professor proibiu

8. hiperactivo - movimentação constante e excessiva, mesmo quando sentado. Frequentemente os movimentos parecem não ter objectivo.
a. contorce-se, bamboleia-se, arranha
b. excita-se facilmente
c. faz comentários e fornece respostas inapropriados
d.está frequentemente fora do lugar
e. perturba os outros alunos com barulhos e movimentos
f. energia não direccionada para as tarefas escolares
g. mexe excessivamente nos objectos e nas pessoas

9. distraível - baixos níveis de atenção. Parece incapaz de manter a atenção e concentração. Facilmente distraível para sons, visões e conversas.
a. dificuldades de adaptação às mudanças
b. raramente completa as tarefas

10. imaturo - baixa estabilidade emocional, baixo auto-controlo, pouca capacidade de tomar conta de si, competências sociais e/ou responsabilidade inadequadas.
a.exibe frequentemente comportamentos próprios de crianças mais novas
b. pode chorar com facilidade
c. perde as coisas
d. com frequência parece perdido, incompetente e/ou dependente

11. rejeitado pelos pares - procura interagir com os pares mas é rejeitado, ignorado ou excluído.
a. vê-se forçado a trabalhar ou a brincar sozinho
b. falta de competências sociais
c. frequentemente "gozado"

12. tímidos/isolados - evitam interacções sociais, são sossegados e não intrusivos e não respondem convenientemente aos outros.
a. sossegados e sóbrios
b.não tomem iniciativas nem se oferecem voluntariamente aos outros
c. não chamam a atenção sobre si próprios.


Se queres saber mais, esta informação se encontra em: Lopes, João A. (2001) Problemas de Comportamento, Problemas de Aprendizagem, Problemas de "Ensinagem". Quarteto Editora. Colecção Nova Era. Educação e Sociedade. Págs. 32-35

Modelos de Educação sexual

Hoje em dia como está tão em voga falar de educação sexual nas escolas, deixo-lhes uma informação  muito interessante a meu entender:

Modelos de Educação sexual
Segundo informação do livro de Alda Maria Dias e outros (2002). Refere que : Podem distinguir-se diversas tipologias:
- Modelos impositivos conservadores que subordinam a visão da sexualidade à dimensão procriativa;
- Modelos impositivos de ruptura, que pretendem usar a sexualidade como um instrumento de mudança social, nomeadamente através da revolução dos costumes sexuais, pela recusa do duplo padrão sexual e pela promoção de causas ligadas à "defesa das minorias sexuais". Este tipo de argumentação tem estado associado a movimentos ideológicos que propagandeiam o "amor livre" e outras "bandeiras" consideradas fracturantes como o "aborto livre" ou o casamento e adopção de menores por homossexuais. Posições  deste género radicam na tradição dos movimentos sociais de ruptura característicos dos anos 60 e 70...
- Modelos médico- preventivos, que consideram a sexualidade essencialmente do ponto de vista da ciência biológica e como fonte  potencial de problemas de saúde pública... Exprime-se em mensagens do tipo "pratica sexo seguro" que revestem o uso de preservativo de virtudes mágicas de eficácia e invulnerabilidade.
...Modelos relacionais abertos, em que se  defende  um entendimento da sexualidade nas suas dimensões "biopsicossociais" ...E modelos de desenvolvimento pessoal, em que a sexualidade é reconhecida como uma dimensão fundamental da personalidade humana de cujo desenvolvimento não se pode dissociar.

Ver mais no livro: Educação da Sexualidade. No dia-a-dia da prática educativa. Autora já referida. Edições Casa do Professor. Braga 2002.

INFLAÇÂO

Para conhecermos melhor o que é a inflação e como nos afecta  nossas vidas, em este espaço deixo-lhes esta valiosa informação:

Diz-se que há inflação quando se verifica uma subida generalizada e sustentada dos preços.
Fala-se de aceleração da inflação se a taxa de crescimento dos preços vai aumentando, isto é, se eles sobem cada vez mais rapidamente.
Assiste-se à desinflação se a taxa de crescimento dos preços vai diminuindo, isto é, se os preços crescem mais lentamente.
O termo deflação aplica-se quando há descida dos preços.
  
Tipos de Inflação
Quanto à rapidez e amplitude  das variações dos preços, podem distinguir-se os seguintes  tipos de inflação:
- Inflação deslizante, se a taxa média anual de crescimento dos preços não ultrapassa os 3%;

- inflaçâo trotante, se os preços aumentam a uma taxa superior a 3 %;

- inflação galopante ou hiperinflação, se a subida de preços é tão elevada que a moeda perde, praticamente, a sua qualidade de reserva de valor.

Causas e consequências da inflação

Causas da inflação
- Desajustamento entre a quantidade de moeda em circulação e o volume de bens e serviços ao dispor dos consumidores.
- Aumento sistemático do preco de alguns bens essenciais ao processo produtivo, especialmente as matérias-primas.
- A importação da inflação de outros países, especialmente em períodos inflacionistas.
- Aumento desmesurado dos salários, sem o correspondente acréscimo na produtividade.
- O açambarcamento de bens ligados essencialmente à satisfação de necessidades básicas.
- A política de crédito expansionista.
- A falta de planeamento na organização económico-social.
- As desigualdades económicas e sociais.
- Gastos elevados com certo tipo de bens (armas, bens de luxo, etc.).


Consequências socioeconómicas:
- Depreciação da moeda - a sua capacidade de compra de bens e serviços baixa.
- Entesouramento de ouro e moeda estrangeira- os aforradores têm uma grande propensão para a aplicação de moeda em metais preciosos ou em divisas.
- Deterioração do nível de vida da população - especialmente aqueles com fracos recursos económicos e com rendimentos fixos.
- Repulsa pela liquidez - os investidores aplicam os seus lucros em capital fixo e em autofinanciamento.
- Agravamento do próprio processo inflacionário - a desvalorização da moeda cria uma predisposição para a aquisição de bens de consumo que, expandindo-se, provoca a elevação do nível de preços.
- Encorajamento das importações e desencorajamento das exportações, o que leva à desvalorização cambial que, a sua vez, pode alimentar o processo inflacionário.
- Redistribuição do rendimento e da riqueza(uns ganham, outros perdem e ganham e perdem diferentemente).


Tomado de:  Maria O.P. da Silva e Regina Ramos. (1997) Economia Vol.2 Edições ASA.Lisboa. Págs. 192-194

Mario Vargas LLosa

Nasce em Arequipa, Perú em 1936.  Obras publicadas:

Bibliografia

Ficção

  • Os Chefes (1959)
  • A cidade e os cachorros (Brasil) // A Cidade e os Cães (Portugal) ("La ciudad y los perros") (1963)
  • A Casa Verde (1966) (Prémio Rómulo Gallegos)
  • Os Filhotes (1967)
  • Conversa na catedral (Brasil) // Conversa n'A Catedral (Portugal) (1969)
  • Pantaleão e as visitadoras (1973)
  • Tia Júlia e o escrevinhador (Brasil) // A Tia Júlia e o Escrevedor (Portugal) (1977)
  • A Guerra do Fim do Mundo (1981)
  • Historia de Mayta (1984)
  • Quem matou Palomino Molero? (1986)
  • O falador (1987)
  • Elogio da madrasta (1988)
  • Lituma nos Andes (1993). Premio Planeta
  • Os cadernos de Dom Rigoberto (1997)
  • A festa do bode (Brasil) // A Festa do Chibo (Portugal) (2000)
  • O Paraíso na Outra Esquina (2003)
  • Travessuras da Menina Má (2006)

 Teatro

  • A menina de Tacna (1981)
  • Kathie e o hipopótamo (1983)
  • La Chunga (1986)
  • El loco de los balcones (1993)
  • Olhos bonitos, quadros feios(1996)

 Ensaio

  • García Márquez: historia de un deicidio (1971)
  • Historia secreta de una novela (1971)
  • La orgía perpetua: Flaubert y «Madame Bovary» (1975)
  • Contra viento y marea. Volume I (1962-1982) (1983)
  • Contra viento y marea. Volume II (1972-1983) (1986)
  • La verdad de las mentiras: Ensayos sobre la novela moderna (1990)
  • Contra viento y marea. Volumen III (1964-1988) (1990)
  • Carta de batalla por Tirant lo Blanc (1991)
  • Desafíos a la libertad (1994)
  • La utopía arcaica. José María Arguedas y las ficciones del indigenismo (1996)
  • Cartas a un novelista (1997)
  • El lenguaje de la pasión (2001)
  • La tentación de lo imposible (2004)

 Prémios e condecorações

Ao longo de sua carreira, Mario Vargas Llosa recebeu inúmeros prémios e condecorações. Destacamos alguns: o Prémio Rómulo Gallegos (1967) e principalmente o Prémio Cervantes (1994). Outros prémios, a saber, o Prémio Nacional de Novela do Peru em 1967, por seu romance A Casa Verde, o Prémio Príncipe das Astúrias de Letras Espanha (1986) e o Prémio da Paz de Autores da Alemanha, concedido na Feira do Livro de Frankfurt (1997). Em 1993 foi concedido o Prémio Planeta por seu romance Lituma nos Andes. Uma grande relevância na sua carreira literária Prémio Biblioteca Breve, que se deu por Batismo de Fogo, em 1963, marca o início de sua brilhante carreira literária internacional. É membro da Academia Peruana de Línguas desde 1977, e da Real Academia Española (RAE) desde 1994. Tem vários doutorados honoris causa por universidades da Europa, América e Ásia; pode-se citar os concedidos pelas universidades de Yale (1994), Universidade de Israel (1998), Harvard (1999), Universidade de Lima (2001), Oxford (2003), Universidade Europeia de Madrid (2005) e Sorbonne (2005). Foi condecorado pelo governo francês com Medalha de honra em 1985.

Nobel da Literatura

Ganhou o prémio Nobel da literatura em 2010

Para saber mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mario_Vargas_Llosa

Martin Luther King - Conceito e imagem da religião

Extracto dum trabalho escolar apresentado no Seminário Crozer em 28 de Março de 1951. Onde concluiu a licenciatura em 1958.
    
" É a religião que dá sentido à vida. É a religião que dá sentido ao Universo. É a religião que constitui o melhor incentivo à vida sã. É a religião  que nos dá a garantia de que tudo aquilo que é elevado, nobre e valioso será conservado. Acho que estes frutos da religião são as suas maiores virtudes, e certamente nenhum homem no seu perfeito juízo poderá ignorá-las.  Tenho assim de concluir que qualquer visão ateísta é não só insana do ponto de vista filosófico mas também desventajosa do ponto de vista prático. A minha grande aspiração, agora, é passar por essa experiência religiosa de que o Dr. Brightman tão convincentemente fala ao longo do seu livro.  (Dr.Edgar S. Brightman: A Philosophy of Religion). Tudo indica ser uma experiência sem a qual a vida se torna sombria e sem sentido. Porém, agora que penso nisso, vêm-me à memória momentos em que acordei em misteriosa veneração; alturas em que me senti transportado para fora de mim mesmo por algo de maior que eu e a esse algo me dei. Terá esse grande algo sido Deus?  Talvez, afinal de contas, eu já seja religioso há vários anos e só agora tenha consciência disso. 

Contava então com 22 anos de idade.O posterior Prémio Nobel da Paz em 1964. É assassinado em 1968.

Excerto do livro: Eu Tenho um Sonho. Autobiografia de Martin Luther King. Editorial Bizâncio. Lisboa 2006

Oráculo de Delfos - Grécia


Oráculo de Delfos



Delfos é uma cidade da antiga Grécia, situada na Fócida, a norte do Golfo de Corinto, nas encostas sudoeste do monte Parnaso. Esta cidade ficou famosa pelo seu oráculo e pelos Jogos Píticos que aí se celebravam de 4 em 4 anos, no meio das Olimpíadas.
O oráculo de Delfos foi o mais importante dos tempos clássicos.
Oráculo significa a resposta de um deus a uma questão que lhe é feita por alguém que o adora ou pelo corpo de sacerdotes que administra um santuário. A vontade do deus era manifestada através de dados lançados ou da observação de signos, como é o caso do movimento de objectos atirados para dentro de fontes, o movimento da imagem do deus quando era transportada, as marcas das entranhas das vítimas que eram sacrificadas perante o altar do deus e pelo ressoar do cair das sementes no altar do deus. Depois de cumpridos os ritos preliminares de purificação e sacrifício, o inquiridor que consultava o oráculo dormia toda a noite no santuário e tinha uma visão. Nos oráculos mais desenvolvidos, o deus falava através de um homem ou de uma mulher, como é o caso do oráculo de Delfos presidido pelo deus Apolo. Aqui o oráculo era fornecido pela Pítia, uma mulher jovem, profetisa, que após passar alguns dias em cerimónias de purificação, entrava em transe, durante o qual ouvia as perguntas que lhe eram feitas. As suas palavras confusas eram interpretadas e traduzidas pelos sacerdotes, em prosa ou em verso, com uma certa dose de ambiguidade, para não dizer inexplicáveis para o inquiridor, que tinha de recorrer a peritos para compreender a resposta.
Nos primeiros tempos, a Pítia era consultada uma vez por ano. Mais tarde, a consulta ao oráculo passou a ser mensal, com a excepção dos três meses de Inverno, durante os quais o deus Apolo, segundo os gregos, abandonava Delfos. O prestígio do oráculo de Delfos foi crescendo ao longo dos tempos. Este oráculo era consultado por particulares, acerca de assuntos privados e, por chefes de Estado e do Governo. Desde o século VI ao século IV a. C. que o oráculo de Delfos desempenhou, assim, um papel muito importante na política da Grécia, favorecendo a colonização, já que antes da partida de qualquer grupo este consultava, primeiramente, a Pítia que interpretava a vontade de Apolo e lhes dava a orientação acerca do território onde deveriam fundar a nova cidade. Além disso, e acima de tudo, este oráculo foi de suma importância porque proporcionava às cidades mais isoladas da Grécia terem um local de encontro para verem os Jogos Píticos.
Porém, o oráculo foi perdendo o seu crédito, uma vez que em questões importantes para a vida da pólis se recusou a dar respostas concretas. Sob o domínio do Império Romano, o oráculo voltou a gozar de um certo revivalismo no tempo de Adriano, mas a astrologia foi ganhando importância, proporcionando uma nova fonte alternativa de profecias. Com o surgir do cristianismo como religião oficial do império romano de Constantino, o oráculo de Delfos chegou ao fim.
Informação tomada de Diciopédia. Porto Editora 2008
 

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Portugal e o idioma português

PORTUGAL  e o idioma português

português  é o quinto idioma mais falado mundo – mais de 260 milhões de pessoas utilizam como língua principal para se comunicar. Entre os países que o tem como idioma oficial, citamos o Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Guiné Equatorial.
Em 1990 foi criado o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que tem por objetivo padronizar a escrita de algumas palavras em todos os países que o utilizam oficialmente. O Brasil aderiu ao acordo em 2009. Ver mais informações aqui: http://www.infoescola.com/portugues/


Ficheiro:Flag of Portugal.svg

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Robinson Crusoe

o livro de Daniel Defof, Robinson Crusoé e o livro da semana explicado pelo Dr. João Luis Fernandez da Universidade de Coimbra. Veja o Video.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sungha Jung

Observe este miúdo e o bem que toca a guitarra.

A Carbonária Portuguesa



MEMORIAL REPUBLICANO LIV

LIV - A Carbonária Portuguesa
A história do carbonarismo em Portugal está por fazer e dificilmente poderá ser erguida com inteira garantia de veracidade. Escasseia a documentação, até porque este tipo de organizações secretas não pretendia guardar memórias para o futuro, uma vez que pesavam mais as urgências do presente e, por outro lado, o sigilo equivalia à garantia de defesa contra a agressividade policial. O movimento, em Portugal, terá remontado ao período do Ultimato, sabendo-se que a revolta de 31 de Janeiro de 1891 já contou com a organização secreta de núcleos populares armados. Mas foi indubitavelmente sob os rigores da ditadura franquista que a Carbonária Portuguesa se organizou e mais disciplinadamente se ampliou. Referimo-nos àquela organização que foi dirigida por uma Alta Venda dirigida por um triunvirato a que pertenciam Machado Santos, Luz de Almeida e António Maria da Silva.
A Carbonária Portuguesa apresentava a “choça” como unidade de base, sendo esta composta por um número de combatentes inferior a vinte; as “barracas” eram constituídas pelos chefes de cerca de vinte “choças”; as “vendas” eram formadas pelos presidentes de vinte “barracas”. A “Alta Venda” resultava da agremiação das chefias de vinte ou mais “vendas”. Os desígnios da organização eram muito claros, pois pretendiam aliciar e armar um exército popular, completamente devotado à tarefa de destruir o regime monárquico pela força. As aliciações, na maior parte dos casos, faziam-se nos quartéis, chamando à causa as praças e os sargentos de condição económica e social mais humilde. Esta regra era também observada nos recrutamentos feitos fora das unidades militares. Exigia-se ao novo membro uma dedicação ilimitada, que ia ao ponto do sacrifício da vida, se tal fosse necessário. As traições, delações ou denúncias seriam punidas com a morte do prevaricador. Por outro lado, as iniciações faziam-se solenemente, em locais ermos, obedecendo a um cerimonial proto-maçónico, no qual era usual a exibição de armas e todo um solene interrogatório, tendente a comprovar a solidez de vontade do neófito. Os símbolos carbonários reproduziam esta mística de combate, neles aparecendo os punhais, os machados, as estrelas de cinco pontas e os triângulos formados por três pontos de vértice invertido. Era invocada frequentemente a divisa que fora divulgada pela revolução francesa de 1789: “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”.
Se Machado Santos centrou a acção da Carbonária preferencialmente no plano militar, António Maria da Silva e Luz Almeida trabalharam intensamente as regiões do interior de Portugal, agindo sistematicamente junto dos estratos mais baixos da sociedade civil. No interior do Partido Republicano, nem todos apreciavam por igual a latitude e intenção do movimento carbonário. Se António José de Almeida o apreciava, vindo a ser o elo de ligação entre o Directório do Partido Republicano e a Carbonária, João Chagas não lhe dava qualquer cobertura e procurou mesmo dissuadi-lo. O seu receio é que, chegada a hora, viessem a fazer-se revoluções paralelas sem coordenação. O ensaio geral do carbonarismo em luta verificou-se no decurso da tentativa revolucionária de 28 de Janeiro de 1908. Tal tentativa malogrou-se, devido a notórias deficiências de planeamento, embora o movimento congregasse sectores muito diversificados, que iam do republicanismo ao anarquismo e deste á Dissidência Progressista de José de Alpoim, estando ainda representados alguns militantes isolados do socialismo.
É muito provável que fique para sempre no limbo do virtual o apuramento do número global dos carbonários, quando a organização atingiu o máximo da sua capacidade de aliciação. O que se sabe é que a Carbonária Portuguesa foi a mais impaciente quando se tratou de marcar a data da eclosão revolucionária e conformou-se dificilmente com os sucessivos adiamentos das alturas inicialmente previstas para o efeito. E é também sabido que foram os civis e militares carbonários os elementos mais activos e decididos na difícil e indecisa marcha da revolução de 5 de Outubro de 1910.
publicado por Amadeu Carvalho Homem 4 de Julho 2010 no seu blog. Livre e Humano

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Iker Casillas, guarda redes de España no mundial 2010

Parabéns Espanha campeã do mundial 2010

Felicitaciones a España, pues demostrou que tiene un gran equipo y que pudo exponer una vez más ante el mudno porqué España no es que parezca ser la mejor, ( en el futbol) sino que España es la mejor!
!Chúpate esa mandarina!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

D.Carlos I e Jão Franco

MEMORIAL REPUBLICANO


LI - D. Carlos patrocina a ditadura






O governo que João Franco organizara foi, nele 
próprio, uma contradição e uma mentira. 
Patrocinado por José Luciano de Castro, cuja 
doença e velhice lhe obstava a natural chefia,
 e levado ao terreno por João Franco, cujo
 partido por ele inventado era um 
arremedo de grandeza política, tal 
governo foi desdizendo tudo o que prometera. 
Franco declarara ser uma “ignóbil
 porcaria” a lei eleitoral que o seu 
antigo chefe regenerador preparara contra
 si; mas, mal se apanhou no Poder, não
 tomou a menor iniciativa para a substituir.
 O mesmo Franco prometera reformas 
e liberdades, dizendo querer 
“governar à inglesa”,constitucionalmente,
 e confessando intuitos de“caçar no mesmo
 terreno dos republicanos”, impulsionando 
Portugal para a modernidade e para
 a tolerância; porém, tornavam-se notórios
 os seus esgares de impaciência nas
 casas do Parlamento e fora delas, como 
se lhe fosse de todo impossível escapar
 à sua antiga sina de irritável déspota.
Aquele governo era também um enigma 
perante a opinião pública. Esta interrogava-se
 sobre se seria o franquismo a tomar 
conta do Partido Progressista, se seria 
este a absorver aquele, ou se cada um 
deles, servida a opípara refeição governativa,
 seguiria tranquilamente o seu caminho.
 Era isto que Hintze Ribeiro perguntava, 
utilizando as seguintes palavras: os dois
 partidos “ fundem-se e consubstanciam-se
 ou só se juntam, em termos eventuais,
 para um momento de acção governativa?”.
A crise, previsível devido aos tumultos que
 a“questão dos adiantamentos” provocara
 na Câmara dos Deputados, declarou-se
 sem disfarce quando os ministros da
 Justiça, José Novais, e dos Estrangeiros, 
Luís de Magalhães, apresentaram as suas 
demissões. Uma só pessoa, em tais 
circunstâncias, poderia propiciar uma
 continuidade aceitável de governo. Era 
necessário que o velho José Luciano de
 Castro lançasse a João Franco a bóia
 da salvação. Era forçoso que ele viesse
 dizer que a concentração liberal estava
 ali para durar e que o seu Partido
 Progressista ajudaria novamente o 
franquismo a aguentar-se no mando. 
Mas quando João Franco pediu ao
 patriarca do Palácio dos Navegantes 
alguns dos nomes mais sonantes para 
restabelecer o crédito do governo, a
 resposta que obteve foi um não rotundo,
 peremptório. João Franco naufragava.
 Ficava só, irremediavelmente só, nos
 termos previstos pela Carta Constitucional.
Foi aqui que emergiu um novo comparsa para
 uma farsa que iria terminar em
 tragédia. Esse comparsa foi o rei D.
 Carlos, Vencido suplente e admirador
 secreto de soluções rijas, musculadas. O
 monarca iria patrocinar a ditadura de
 um só homem contra todas as 
forças políticas organizadas de um
 Reino. É esta cegueira que torna
 tristemente espantosa tal decisão.
 D. Carlos sabia, tão bem ou melhor do
 que João Franco, que a ditadura
 deste iria desencadear-se contra
 a totalidade do pequeno mundo político
 lusitano: contra os regeneradores, que
 não perdoavam a cisão; contra os
 progressistas, que tinham posto fim
 à concentração liberal ; contra os
 dissidentes de Alpoim, que abominavam 
tanto o rei como o valido do rei; contra
 os republicanos, por motivos
 óbvios; contra os socialistas e os
 anarquistas, por razões ainda
 mais evidentes. Certamente poderia 
agradar a D. Carlos uma “vida nova”,
 tal como a previra Oliveira Martins, nos
 seus papéis de literato, de sociólogo 
e de economista … todo teórico. O
 penúltimo dos Braganças iria viabilizar
 o franquismo em ditadura, 
escrevendo ao chefe daquela 
escassa patrulha uma carta pessoal,
 datada de 9 de Maio, onde 
podia ler-se: “(…) continuemos 
serenamente, com calma, mas com
 firmeza a nossa obra. Neste caminho 
encontrarás tu e os teus colegas todo
 o meu apoio o mais rasgado e o mais
 franco, porque considero que só
 assim, dadas as circunstâncias 
em que nos encontramos, poderemos
 fazer alguma cousa boa e útil para
 o nosso País”. D. Carlos queria
 continuarserenamente, quando ia
 reunir todas as razões para a 
instabilidade; e falava também na
 nossa obra, como se tivesse sido
 acometido de uma amnésia súbita,
 olvidando que um monarca
 constitucional reina, mas não governa.
Seguiu-se a tudo isto o decreto de 10 
de Maio de 1907, encerrando 
o parlamento e inaugurando, com toda
 a explicitude, a ditadura de João 
Franco, antecâmara de uma 
tragédia que não demoraria a chegar.


segunda-feira, 7 de junho de 2010

Tipos de Alunos Problemáticos

Tipos de Alunos Problemáticos

Considerados por Brophy. J. & Good (1996):
Alunos com problemas de realização escolar
.Síndroma de fracasso
. perfeccionistas
.subrealizadores
.baixo rendimento

Alunos com Problemas de Hostilidade
. hostis-agressivos
.passivos agressivos
.desafiadores

Alunos com problemas em cumprir as exigências do papel do aluno
. hiperactivos
.distraídos
.imaturos

Alunos com problemas de isolamento social.
. Rejeitados pelos pares
.Tímidos/isolados

As características de cada um de estes sub-grupos são, resumidamente as seguintes:
1. Síndroma de Fracasso - estes alunos estão convencidos que não conseguem fazer os trabalhos escolares. Frequentemente evitam começar ou desistem facilmente
a. facilmente se sentem frustrados
b. desistem facilmente
c. dizem "não sei fazer"

2. perfeccionistas - alunos invulgarmente ansiosos quanto à eventualidade de cometer erros. Os padrões de realização que se impõem são irrealisticamente elevados nunca ficando satisfeitos com o seu trabalho (nas ocasiões em que deveriam ficar)
a. perfeccionistas
b.frequentemente ansiosos/receosos/frustrados com a qualidade do seu trabalho.
c. evitam participar a menos que estejam absolutamente seguros de si.

3. subrealizadores - estes alunos fazem apenas o mínimo indispensável. Não valorizam o trabalho escolar.
a. indiferentes à escola
b. mínimos em termos de trabalho
c. o trabalho escolar não os incentiva; baixa motivação
4.- baixo rendimento - estes alunos têm dificuldades , mesmo que tenham vontade de trabalhar. O problema é a baixa capacidade ou a impreparação, mais do que a falta de motivação.
a. dificuldades em seguir orientações
b.- dificuldades em completar trabalhos
c. baixa capacidade de retenção
d. zangam-se facilmente

5. hostis -agressivos - expressam a hostilidade através de comportamentos directos e "intensos". Não são facilmente controláveis.
a. intimidam e ameaçam
b. batem e empurram
c. danificam propriedade
d. incompatibilizam-se
e. exibem a hostilidade
f. zangam-se facilmente

6. passivos -agressivos - expressam oposição e resistência ao professor, mas de forma indirecta. Muitas vezes é difícil saber se estão a resistir deliberadamente ou não.
a. oposição e teimosia subtis
b. procuram controlar
c. submetem-se com dificuldades às regras
d. alteram (desfiguram) objectos, mais do danificam
e. perturbam sub -repticiamente
f.arrastam os pés provocatoriamente

7. desafiador - resiste à autoridade e trava uma luta pelo poder com o professor. Quer fazer as coisas à sua maneira e rejeita que lhe digam o que tem que fazer.
a. resiste verbalmente utilizando expressões como:
1. "Não me pode obrigar"
2. "Não me pode dizer o que é que eu tenho que fazer"
3. "Não faço"

b- resiste de forma verbal com atitudes de tipo:
1. olhar com expressão carrancuda, faz caretas, imita o professor
2. braços cruzados, mãos nos quadris, pé a bater no chão
3. olhar para o lado quando falam para ele
4. rir-se em momentos inapropriados
5. ser fisicamente violento para com o professor
6. fazer deliberadamente aquilo que o professor proibiu

8. hiperactivo - movimentação constante e excessiva, mesmo quando sentado. Frequentemente os movimentos parecem não ter objectivo.
a. contorce-se, bamboleia-se, arranha
b. excita-se facilmente
c. faz comentários e fornece respostas inapropriados
d.está frequentemente fora do lugar
e. perturba os outros alunos com barulhos e movimentos
f. energia não direccionada para as tarefas escolares
g. mexe excessivamente nos objectos e nas pessoas

9. distraível - baixos níveis de atenção. Parece incapaz de manter a atenção e concentração. Facilmente distraível para sons, visões e conversas.
a. dificuldades de adaptação às mudanças
b. raramente completa as tarefas

10. imaturo - baixa estabilidade emocional, baixo auto-controlo, pouca capacidade de tomar conta de si, competências sociais e/ou responsabilidade inadequadas.
a.exibe frequentemente comportamentos próprios de crianças mais novas
b. pode chorar com facilidade
c. perde as coisas
d. com frequência parece perdido, incompetente e/ou dependente

11. rejeitado pelos pares - procura interagir com os pares mas é rejeitado, ignorado ou excluído.
a. vê-se forçado a trabalhar ou a brincar sozinho
b. falta de competências sociais
c. frequentemente "gozado"

12. tímidos/isolados - evitam interacções sociais, são sossegados e não intrusivos e não respondem convenientemente aos outros.
a. sossegados e sóbrios
b.não tomem iniciativas nem se oferecem voluntariamente aos outros
c. não chamam a atenção sobre si próprios.


Se queres saber mais, esta informação se encontra em: Lopes, João A. (2001) Problemas de Comportamento, Problemas de Aprendizagem, Problemas de "Ensinagem". Quarteto Editora. Colecção Nova Era. Educação e Sociedade. Págs. 32-35

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O que é o iluminismo? Immanuel Kant

escrito em  1783:  Resposta à pregunta: Que é o iluminismo?
O iluminismo é a saída do homem da sua menoridade de que ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de se servir do entendimento sem a orientação de outrem. Tal menoridade é a culpa própria se a sua causa não reside na falta de entendimento, mas na falta de decisão e de coragem em se servir de si mesmo sem a orientação de outrem, Sapere aude! Tem a coragem de  te servires do teu próprio entendimento! Eis  a palavra de ordem do iluminismo.

Tirado do livro: Immanuel Kant. A paz perpétua e outros opúsculos. 1ª edição Edições 70. Pág.11

terça-feira, 25 de maio de 2010

Ácaros. ?omo combatê-los?


Prevenir a asma e alergia combatendo os ácarosPDFVersão para impressãoEnviar por E-mail

Bem Estar e Saúde Alergias
O que são ácaros?
Será possível diminuir a exposição 

aos ácaros? Prevenção da acumulação 
de pó
Cuidados a ter com a cama
Eliminação do pó: o uso do aspirador
Outros métodos
AcaroO que são ácaros?
Os ácaros do pó da casa são considerados
 em todo o mundo, particularmente nos
 países ocidentais e
 industrializados, como
 a principal causa de alergias do 
aparelho respiratório. Os ácaros são 
animais de dimensões microscópicas que vivem
 no pó existente nas nossas casas. No entanto,
 também se encontram presentes nas alcatifas 
e outros revestimentos têxteis, como os
 cobertores, almofadas, colchões, tapetes e
 bonecos de peluche. Os ácaros do pó da casa
 são considerados em todo o mundo,
 particularmente  nos países ocidentais e industrializados, como a principal causa de
 alergias do aparelho respiratório. Preferem
 locais húmidos e com temperaturas
 amenas, sendo o Outono a altura do ano em 
que  habitualmente existe maior proliferação 
dos ácaros, dadas as condições favoráveis de temperatura e humidade. Alimentam-se 
principalmente dos restos de pele humana 
que se liberta do nosso corpo por descamação,
 e que ficam sobretudo nas roupas da cama
 e colchões. Os ácaros não transmitem
 qualquer tipo de doença. Contudo, a
 exposição (sobretudo através das vias
 respiratórias) a determinadas proteínas
 que existem no seu  corpo e excrementos,
 pode causar o aparecimento de doenças
 alérgicas. Ao contrário dos pólens que
 provocam alergias  durante a Primavera,
 a alergia aos ácaros  mantém-se de uma
 forma mais ou menos  intensa ao longo 
de todo o ano (embora
 mais acentuada no Outono e Inverno).
Será possível diminuir a exposição aos
 ácaros?
A diminuição do número de ácaros no
 interior da casa, é um factor decisivo no
 tratamento do doente alérgico ao pó
 da casa. O combate a estes animais
 deverá incidir primariamente no quarto
 de dormir e depois, tanto quanto possível,
 estender-se ao resto da casa. Diversos
 métodos de evicção tem sido 
recomendados e comercializados:
Prevenção da acumulação de pó. A
 prevenção da acumulação de pó no interior
 das casas é importante para a redução 
dos “ninhos” onde os ácaros
 habitualmente vivem e consequentemente 
para a diminuição do seu número. Várias 
medidas devem ser tomadas, 
particularmente no quarto de dormir:
 Devem ser eliminadas as alcatifas
 e tapetes grossos. O pavimento deve
 ser liso, por exemplo em madeira ou 
vinilo e facilmente lavável.
As paredes devem ser lisas e o papel de
 parede deve
 ser retirado
Não usar reposteiros. Preferir cortinas
 simples e em material sintético
Preferir móveis lisos e pouco trabalhados 
para  não acumularem pó
Não ter aparelhagens de música,
 televisão e computadores no quarto
Não guardar livros, discos, CD´s, brinquedos
 e bonecos de peluche no quarto de dormir


Cuidados a ter com a cama. Devem ser
 utilizados preferencialmente edredons 
de material sintético  (não usar os de penas)
 no lugar dos cobertores.
 Utilizar almofadas de espuma ou outro
 material sintético.
 Devem ser substituídas periodicamente (por
 exemplo de 3 em 3 anos)
Evitar os lençóis de flanela, optando pelo
 algodão.
Os cobertores felpudos não devem ser usados.
Quando usar cobertores preferir os de fibras
 sintéticas, e usar por cima deles uma coberta,
 colcha lisa ou edredon.
Os lençóis, fronhas das almofadas e
 edredons  devem ser lavados a
 temperaturas superiores
 a 55ºC, pois só assim é possível a remoção
eficaz dos ácaros e das suas partículas.
A utilização de coberturas anti-ácaros para
 almofadas e colchões é considerado um
 método muito eficaz na redução dos níveis
 de ácaros na cama e assim devem ser
recomendadas aos doentes alérgicos aos
 ácaros. No entanto, nem todas as
 coberturas comercializadas possuem 
igual eficácia.


Eliminação do pó: o uso do aspirador
O quarto de dormir é considerado como local
 de eleição para a limpeza do pó. No entanto
 as outras dependências da casa não devem
 ser esquecidas, particularmente aquelas
 onde  os doentes alérgicos passam
 mais tempo.
 A limpeza regular (pelo menos duas vezes/
semana) e cuidadosa do quarto (pavimento,
 tapetes, sofás, colchão e estrado) com
 aspirador  é importante. Já a aspiração das
 alcatifas é pouco eficaz na redução 
dos ácaros  que vivem no seu interior.
Os aspiradores  com filtro HEPA (high 
efficiency particulate  air) são mais
 eficazes que os aspiradores
 clássicos na luta anti-ácaros e devem ser recomendados.A utilização de aspiradores 
dotados de sistemas de lavagem a água ou a
 vapor de água, que  nalguns casos podem
 também utilizar acaricidas e/ou detergentes 
tem apresentado resultados divergentes.


Outros métodosOutros métodos têm sido
 também utilizados, mas com resultados
 variáveis:
Utilização de métodos químicos: os Acaricidas
Os acaricidas são substâncias químicas capazes
 de matar os ácaros, existindo sob  a forma de
 pó, espuma ou spray, para aplicação nas 
alcatifas, pavimentos,  revestimentos têxteis
 e colchões. É necessário aspirar 
cuidadosamente os locais
 onde o acaricida foi aplicado para remover os 
ácaros mortos
 e as suas partículas. A eficácia dos acaricidas
 é variável, devendo ser recomendada apenas
 nalgumas situações particulares e sob 
orientação do imunoalergologista.
Utilização de métodos físicos: o frio e o calor
Têm sido estudados vários métodos para a
 matar  os ácaros através de agentes físicos.
 Os mais estudados têm sido a utilização do
 frio e calor. A colocação no frigorífico 
(congelador)  ou arcas  frigoríficas de roupas
 de lã, cobertores
 ou peluches durante 24 horas, seguida de
 lavagem com água
 corrente ou na máquina de lavar, é um
 método  eficaz para diminuir a presença 
de ácaros nestes têxteis. A exposição 
directa ao sol de roupas, tapetes, colchão
 é também um método eficaz para diminuir
 o número de ácaros.
Sistemas de filtração e purificação do ar
Os sistemas de filtração podem ser úteis 
para a
 remoção dos ácaros e outras partículas em
 suspensão, sobretudo quando possuem
 filtros  HEPA. Já em relação aos aparelhos
 que utilizam  filtros electrostáticos os
 resultados são  contraditórios. Não existem
 até á data evidências científicas claras que 
apoiem o benefício clínico  dos ionizadores.
Modificações das condições climáticas no
 interior das habitações.
A redução da humidade por aumento de
 ventilação ou sistemas de ventilação
 mecânica  pode desempenhar um papel
 importante na  redução do número de 
ácaros. No entanto, em climas  temperados
 e húmidos como é o  caso do nosso País, 
estas medidas não têm
 grande significado. Os sistemas de extracção
 de vapor de água nas dependências da casa
 onde há mais vapor de água (cozinha,
 lavandaria, quarto de banho) são úteis para
 a redução das taxas de humidade relativa no
interior das casas. O estudo do benefícios da
 utilização de desumidificadores conduziram
a resultados pouco concludentes.
Conclusão:
Existem alguns métodos e produtos que são
 eficazes na redução e eliminação dos ácaros
 de nossas casas. No entanto, uma eficaz
evicção aos ácaros não pode nunca ser
alcançada com a utilização isolada de um
destes métodos. Eles devem ser utilizados
sempre que possível em conjunto, numa
estratégia geral de combate aos múltiplos
 factores que favorecem a proliferação dos
 ácaros no seu ambiente particular!
Autoria: Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica www.spaic.pt