Jurista e político português, Afonso Augusto da Costa nasceu a 6 de Março de 1871, em Seia, distrito da Guarda. Foi, por ventura como diz Oliveira Marques (1975), o mais querido e mais odiado dos portugueses. O seu nome simbolizou toda uma política, mesmo um regime. O seu retrato apareceu reproduzido milhares de vezes em livros, jornais, em cartazes, em panfletos, em azulejos, em pratos de barro e latão, em bustos que se vendiam em lojas em Lisboa e Trás-os-Montes. Esteve sempre entre os dois mais votados candidatos republicanos ao Parlamento, onde quer se propusesse, jamais perdendo uma eleição desde 1906. Tornou-se um mito.
O ódio que lhe tiveram também não conheceu limites. Acusaram-no de concussionário* ( *Dicc.:que ou aquele que, no uso das suas funções oficiais, exige indevidamente dinheiro ou outra coisa qualquer.) (diciopédia 2008), de utilizar e até fabricar a lei para proveito próprio, dos numerosos amigos e da sua clientela de advogado, de enriquecer à custa da política. Foi odiado por ter sido o principal fautor da entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial.
Para todo católico bem formado refere O. Marques(1975), era o mesmo que falar no diabo. Pois fora ele quem expulsara os Jesuítas, frades e freiras, que deixara os sacerdotes a pedir esmola, que proibira as procissões, que deportara os bispos, que criara o divórcio, que insultara, a consciência católica da nação e promovera a corrupção da família e da sociedade.
Uma quadra popular de versos, forjada no período da sua mais intensa actividade política, afirmava: «Afonso, teu ilustre nome/Nunca será esquecido/Mesmo depois de morto/Serás sempre conhecido.»
Advogado, professor universitário, doutrinador e político republicano (parlamentar, estadista e diplomata).
Aliando-se a António José de Almeida, constituiu a chamada União Sagrada, que governaria até 1917, isto é, até à altura em que se deu o golpe de Sidónio Pais. Afonso Costa foi então preso. Uma vez libertado, partiu para França, exilado, mas não demoraria a voltar para Portugal. Morto Sidónio Pais, a situação política proporcionou o regresso.
Em 1919, foi nomeado chefe da delegação portuguesa à Conferência de Paz e à Sociedade das Nações. Depois, porém, deu-se o golpe de 1926, que instaurou a Ditadura Militar, seguindo-se-lhe a consolidação do Estado Novo, alguns anos mais tarde. Num país que vivia sob um regime político que não era aquele por que desde novo combatera, Afonso Costa veio a morrer a 11 de Maio de 1937, em Paris, França.
Bibliografia Consultada: Oliveira Marques (1975)Afonso Costa. Ed. Arcadia. Segunda edição. Págs.485
Diciopédia 2008. Porto Editora. Entrada: Afonso Costa.
Blog dedicado ao conhecimento e à alegria de viver. Ao conhecimento que não ocupa espaço. Os melhores vídeos musicais de sempre.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Como aprendemos?
Factores psíquicos da aprendizagem
a) A vontade de aprender
b) Interesse: A aprendizagem interessada combina as vantagens da aprendizagem involuntária com as de uma vontade sistemática de aprender ; é a mais desejável de todas as formas de aprendizagem.
c) Inteligência:...O pensamento formal (organizador) deve estruturar e relacionar matérias de aprendizagem de forma adequada aos fins... O significado é o principio que organiza e dá forma à matéria de aprendizagem...
Para mais informação ler livro: Stern, William (1950)Psicologia Geral. 2da edição. Fundação Caloustre Gulbenkiam
a) A vontade de aprender
b) Interesse: A aprendizagem interessada combina as vantagens da aprendizagem involuntária com as de uma vontade sistemática de aprender ; é a mais desejável de todas as formas de aprendizagem.
c) Inteligência:...O pensamento formal (organizador) deve estruturar e relacionar matérias de aprendizagem de forma adequada aos fins... O significado é o principio que organiza e dá forma à matéria de aprendizagem...
Para mais informação ler livro: Stern, William (1950)Psicologia Geral. 2da edição. Fundação Caloustre Gulbenkiam
Dinheiro vivo tem os dias contados
O temporal que atinge a economia mundial não existe na rede. O comércio electrónico deverá crescer 19% na Europa este ano, de acordo com um estudo da Kelkoo, um site especializado em comparar os preços praticados pelo retalho na internet. Com efeito, o volume de negócios do comércio online atingiu 144 milhões de euros, o que representa 4,7% da facturação total do sector. Alemanha, França e Reino Unido são responsáveis por 79% do total de vendas online na Europa. O êxito do comércio digital , cada vez mais fácil , rápido e seguro, e dos sistemas de transacção electrónica como o PayPal (que permite aos utilizadores transferir dinheiro através da internet em vez de usarem cheques ou vales postais) alargou o debate sobre a conveniência de continuar a recorrer a dinheiro real. De facto, muitos consumidores já preferem realizar as suas operações exclusivamente com cartões bancários; em países como o Japão ou a Coreia do Sul, já se tornou habitual fazer compras com o telemóvel, e algumas comunidades suecas propõem abertamente a eliminação do dinheiro para melhorar a segurança dos cidadãos.
No que todos os peritos estão de acordo é que a extinção do papel moeda não irá chegar de um dia para o outro. Ainda existem importantes desafios, como interceptar o pagamento fraudulento pela internet ou a duplicação de cartões, que as ligações de muitos países não contemplam ou não sabem enfrentar. Os sistemas electrónicos de pagamento obrigam os utilizadores a identificar-se, um requisito que poderia tornar as compras e vendas mais transparentes e dificultar a circulação de dinheiro sujo. Para outros, todavia, trata-se de uma intromissão inaceitável na privacidade do indivíduo. De acordo com a Talaris, uma empresa especializada no tratamento do dinheiro e dos seus ciclos comerciais, o papel-moeda é universalmente aceite e não está sujeito a gastos ou comissões pela sua utilização, o que lhe proporciona uma nítida vantagem sobre os outros meios de pagamento.
Para mais informação ver: Revista Super interessante Nº 151 Novembro 2010 . Portugal Pág.53
No que todos os peritos estão de acordo é que a extinção do papel moeda não irá chegar de um dia para o outro. Ainda existem importantes desafios, como interceptar o pagamento fraudulento pela internet ou a duplicação de cartões, que as ligações de muitos países não contemplam ou não sabem enfrentar. Os sistemas electrónicos de pagamento obrigam os utilizadores a identificar-se, um requisito que poderia tornar as compras e vendas mais transparentes e dificultar a circulação de dinheiro sujo. Para outros, todavia, trata-se de uma intromissão inaceitável na privacidade do indivíduo. De acordo com a Talaris, uma empresa especializada no tratamento do dinheiro e dos seus ciclos comerciais, o papel-moeda é universalmente aceite e não está sujeito a gastos ou comissões pela sua utilização, o que lhe proporciona uma nítida vantagem sobre os outros meios de pagamento.
Para mais informação ver: Revista Super interessante Nº 151 Novembro 2010 . Portugal Pág.53
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
TIPOS DE ALUNOS PROBLEMÀTICOS
Tipos de Alunos Problemáticos
Considerados por Brophy. J. & Good (1996):
Alunos com problemas de realização escolar
.Síndroma de fracasso
. perfeccionistas
.subrealizadores
.baixo rendimento
Alunos com Problemas de Hostilidade
. hostis-agressivos
.passivos agressivos
.desafiadores
Alunos com problemas em cumprir as exigências do papel do aluno
. hiperactivos
.distraídos
.imaturos
Alunos com problemas de isolamento social.
. Rejeitados pelos pares
.Tímidos/isolados
As características de cada um de estes sub-grupos são, resumidamente as seguintes:
1. Síndroma de Fracasso - estes alunos estão convencidos que não conseguem fazer os trabalhos escolares. Frequentemente evitam começar ou desistem facilmente
a. facilmente se sentem frustrados
b. desistem facilmente
c. dizem "não sei fazer"
2. perfeccionistas - alunos invulgarmente ansiosos quanto à eventualidade de cometer erros. Os padrões de realização que se impõem são irrealisticamente elevados nunca ficando satisfeitos com o seu trabalho (nas ocasiões em que deveriam ficar)
a. perfeccionistas
b.frequentemente ansiosos/receosos/frustrados com a qualidade do seu trabalho.
c. evitam participar a menos que estejam absolutamente seguros de si.
3. subrealizadores - estes alunos fazem apenas o mínimo indispensável. Não valorizam o trabalho escolar.
a. indiferentes à escola
b. mínimos em termos de trabalho
c. o trabalho escolar não os incentiva; baixa motivação
4.- baixo rendimento - estes alunos têm dificuldades , mesmo que tenham vontade de trabalhar. O problema é a baixa capacidade ou a impreparação, mais do que a falta de motivação.
a. dificuldades em seguir orientações
b.- dificuldades em completar trabalhos
c. baixa capacidade de retenção
d. zangam-se facilmente
5. hostis -agressivos - expressam a hostilidade através de comportamentos directos e "intensos". Não são facilmente controláveis.
a. intimidam e ameaçam
b. batem e empurram
c. danificam propriedade
d. incompatibilizam-se
e. exibem a hostilidade
f. zangam-se facilmente
6. passivos -agressivos - expressam oposição e resistência ao professor, mas de forma indirecta. Muitas vezes é difícil saber se estão a resistir deliberadamente ou não.
a. oposição e teimosia subtis
b. procuram controlar
c. submetem-se com dificuldades às regras
d. alteram (desfiguram) objectos, mais do danificam
e. perturbam sub -repticiamente
f.arrastam os pés provocatoriamente
7. desafiador - resiste à autoridade e trava uma luta pelo poder com o professor. Quer fazer as coisas à sua maneira e rejeita que lhe digam o que tem que fazer.
a. resiste verbalmente utilizando expressões como:
1. "Não me pode obrigar"
2. "Não me pode dizer o que é que eu tenho que fazer"
3. "Não faço"
b- resiste de forma verbal com atitudes de tipo:
1. olhar com expressão carrancuda, faz caretas, imita o professor
2. braços cruzados, mãos nos quadris, pé a bater no chão
3. olhar para o lado quando falam para ele
4. rir-se em momentos inapropriados
5. ser fisicamente violento para com o professor
6. fazer deliberadamente aquilo que o professor proibiu
8. hiperactivo - movimentação constante e excessiva, mesmo quando sentado. Frequentemente os movimentos parecem não ter objectivo.
a. contorce-se, bamboleia-se, arranha
b. excita-se facilmente
c. faz comentários e fornece respostas inapropriados
d.está frequentemente fora do lugar
e. perturba os outros alunos com barulhos e movimentos
f. energia não direccionada para as tarefas escolares
g. mexe excessivamente nos objectos e nas pessoas
9. distraível - baixos níveis de atenção. Parece incapaz de manter a atenção e concentração. Facilmente distraível para sons, visões e conversas.
a. dificuldades de adaptação às mudanças
b. raramente completa as tarefas
10. imaturo - baixa estabilidade emocional, baixo auto-controlo, pouca capacidade de tomar conta de si, competências sociais e/ou responsabilidade inadequadas.
a.exibe frequentemente comportamentos próprios de crianças mais novas
b. pode chorar com facilidade
c. perde as coisas
d. com frequência parece perdido, incompetente e/ou dependente
11. rejeitado pelos pares - procura interagir com os pares mas é rejeitado, ignorado ou excluído.
a. vê-se forçado a trabalhar ou a brincar sozinho
b. falta de competências sociais
c. frequentemente "gozado"
12. tímidos/isolados - evitam interacções sociais, são sossegados e não intrusivos e não respondem convenientemente aos outros.
a. sossegados e sóbrios
b.não tomem iniciativas nem se oferecem voluntariamente aos outros
c. não chamam a atenção sobre si próprios.
Se queres saber mais, esta informação se encontra em: Lopes, João A. (2001) Problemas de Comportamento, Problemas de Aprendizagem, Problemas de "Ensinagem". Quarteto Editora. Colecção Nova Era. Educação e Sociedade. Págs. 32-35
Modelos de Educação sexual
Hoje em dia como está tão em voga falar de educação sexual nas escolas, deixo-lhes uma informação muito interessante a meu entender:
Modelos de Educação sexual
Segundo informação do livro de Alda Maria Dias e outros (2002). Refere que : Podem distinguir-se diversas tipologias:
- Modelos impositivos conservadores que subordinam a visão da sexualidade à dimensão procriativa;
- Modelos impositivos de ruptura, que pretendem usar a sexualidade como um instrumento de mudança social, nomeadamente através da revolução dos costumes sexuais, pela recusa do duplo padrão sexual e pela promoção de causas ligadas à "defesa das minorias sexuais". Este tipo de argumentação tem estado associado a movimentos ideológicos que propagandeiam o "amor livre" e outras "bandeiras" consideradas fracturantes como o "aborto livre" ou o casamento e adopção de menores por homossexuais. Posições deste género radicam na tradição dos movimentos sociais de ruptura característicos dos anos 60 e 70...
- Modelos médico- preventivos, que consideram a sexualidade essencialmente do ponto de vista da ciência biológica e como fonte potencial de problemas de saúde pública... Exprime-se em mensagens do tipo "pratica sexo seguro" que revestem o uso de preservativo de virtudes mágicas de eficácia e invulnerabilidade.
...Modelos relacionais abertos, em que se defende um entendimento da sexualidade nas suas dimensões "biopsicossociais" ...E modelos de desenvolvimento pessoal, em que a sexualidade é reconhecida como uma dimensão fundamental da personalidade humana de cujo desenvolvimento não se pode dissociar.
Ver mais no livro: Educação da Sexualidade. No dia-a-dia da prática educativa. Autora já referida. Edições Casa do Professor. Braga 2002.
Modelos de Educação sexual
Segundo informação do livro de Alda Maria Dias e outros (2002). Refere que : Podem distinguir-se diversas tipologias:
- Modelos impositivos conservadores que subordinam a visão da sexualidade à dimensão procriativa;
- Modelos impositivos de ruptura, que pretendem usar a sexualidade como um instrumento de mudança social, nomeadamente através da revolução dos costumes sexuais, pela recusa do duplo padrão sexual e pela promoção de causas ligadas à "defesa das minorias sexuais". Este tipo de argumentação tem estado associado a movimentos ideológicos que propagandeiam o "amor livre" e outras "bandeiras" consideradas fracturantes como o "aborto livre" ou o casamento e adopção de menores por homossexuais. Posições deste género radicam na tradição dos movimentos sociais de ruptura característicos dos anos 60 e 70...
- Modelos médico- preventivos, que consideram a sexualidade essencialmente do ponto de vista da ciência biológica e como fonte potencial de problemas de saúde pública... Exprime-se em mensagens do tipo "pratica sexo seguro" que revestem o uso de preservativo de virtudes mágicas de eficácia e invulnerabilidade.
...Modelos relacionais abertos, em que se defende um entendimento da sexualidade nas suas dimensões "biopsicossociais" ...E modelos de desenvolvimento pessoal, em que a sexualidade é reconhecida como uma dimensão fundamental da personalidade humana de cujo desenvolvimento não se pode dissociar.
Ver mais no livro: Educação da Sexualidade. No dia-a-dia da prática educativa. Autora já referida. Edições Casa do Professor. Braga 2002.
INFLAÇÂO
Para conhecermos melhor o que é a inflação e como nos afecta nossas vidas, em este espaço deixo-lhes esta valiosa informação:
Diz-se que há inflação quando se verifica uma subida generalizada e sustentada dos preços.
Fala-se de aceleração da inflação se a taxa de crescimento dos preços vai aumentando, isto é, se eles sobem cada vez mais rapidamente.
Assiste-se à desinflação se a taxa de crescimento dos preços vai diminuindo, isto é, se os preços crescem mais lentamente.
O termo deflação aplica-se quando há descida dos preços.
Tipos de Inflação
Quanto à rapidez e amplitude das variações dos preços, podem distinguir-se os seguintes tipos de inflação:
- Inflação deslizante, se a taxa média anual de crescimento dos preços não ultrapassa os 3%;
- inflaçâo trotante, se os preços aumentam a uma taxa superior a 3 %;
- inflação galopante ou hiperinflação, se a subida de preços é tão elevada que a moeda perde, praticamente, a sua qualidade de reserva de valor.
Causas e consequências da inflação
Causas da inflação
- Desajustamento entre a quantidade de moeda em circulação e o volume de bens e serviços ao dispor dos consumidores.
- Aumento sistemático do preco de alguns bens essenciais ao processo produtivo, especialmente as matérias-primas.
- A importação da inflação de outros países, especialmente em períodos inflacionistas.
- Aumento desmesurado dos salários, sem o correspondente acréscimo na produtividade.
- O açambarcamento de bens ligados essencialmente à satisfação de necessidades básicas.
- A política de crédito expansionista.
- A falta de planeamento na organização económico-social.
- As desigualdades económicas e sociais.
- Gastos elevados com certo tipo de bens (armas, bens de luxo, etc.).
Consequências socioeconómicas:
- Depreciação da moeda - a sua capacidade de compra de bens e serviços baixa.
- Entesouramento de ouro e moeda estrangeira- os aforradores têm uma grande propensão para a aplicação de moeda em metais preciosos ou em divisas.
- Deterioração do nível de vida da população - especialmente aqueles com fracos recursos económicos e com rendimentos fixos.
- Repulsa pela liquidez - os investidores aplicam os seus lucros em capital fixo e em autofinanciamento.
- Agravamento do próprio processo inflacionário - a desvalorização da moeda cria uma predisposição para a aquisição de bens de consumo que, expandindo-se, provoca a elevação do nível de preços.
- Encorajamento das importações e desencorajamento das exportações, o que leva à desvalorização cambial que, a sua vez, pode alimentar o processo inflacionário.
- Redistribuição do rendimento e da riqueza(uns ganham, outros perdem e ganham e perdem diferentemente).
Tomado de: Maria O.P. da Silva e Regina Ramos. (1997) Economia Vol.2 Edições ASA.Lisboa. Págs. 192-194
Diz-se que há inflação quando se verifica uma subida generalizada e sustentada dos preços.
Fala-se de aceleração da inflação se a taxa de crescimento dos preços vai aumentando, isto é, se eles sobem cada vez mais rapidamente.
Assiste-se à desinflação se a taxa de crescimento dos preços vai diminuindo, isto é, se os preços crescem mais lentamente.
O termo deflação aplica-se quando há descida dos preços.
Tipos de Inflação
Quanto à rapidez e amplitude das variações dos preços, podem distinguir-se os seguintes tipos de inflação:
- Inflação deslizante, se a taxa média anual de crescimento dos preços não ultrapassa os 3%;
- inflaçâo trotante, se os preços aumentam a uma taxa superior a 3 %;
- inflação galopante ou hiperinflação, se a subida de preços é tão elevada que a moeda perde, praticamente, a sua qualidade de reserva de valor.
Causas e consequências da inflação
Causas da inflação
- Desajustamento entre a quantidade de moeda em circulação e o volume de bens e serviços ao dispor dos consumidores.
- Aumento sistemático do preco de alguns bens essenciais ao processo produtivo, especialmente as matérias-primas.
- A importação da inflação de outros países, especialmente em períodos inflacionistas.
- Aumento desmesurado dos salários, sem o correspondente acréscimo na produtividade.
- O açambarcamento de bens ligados essencialmente à satisfação de necessidades básicas.
- A política de crédito expansionista.
- A falta de planeamento na organização económico-social.
- As desigualdades económicas e sociais.
- Gastos elevados com certo tipo de bens (armas, bens de luxo, etc.).
Consequências socioeconómicas:
- Depreciação da moeda - a sua capacidade de compra de bens e serviços baixa.
- Entesouramento de ouro e moeda estrangeira- os aforradores têm uma grande propensão para a aplicação de moeda em metais preciosos ou em divisas.
- Deterioração do nível de vida da população - especialmente aqueles com fracos recursos económicos e com rendimentos fixos.
- Repulsa pela liquidez - os investidores aplicam os seus lucros em capital fixo e em autofinanciamento.
- Agravamento do próprio processo inflacionário - a desvalorização da moeda cria uma predisposição para a aquisição de bens de consumo que, expandindo-se, provoca a elevação do nível de preços.
- Encorajamento das importações e desencorajamento das exportações, o que leva à desvalorização cambial que, a sua vez, pode alimentar o processo inflacionário.
- Redistribuição do rendimento e da riqueza(uns ganham, outros perdem e ganham e perdem diferentemente).
Tomado de: Maria O.P. da Silva e Regina Ramos. (1997) Economia Vol.2 Edições ASA.Lisboa. Págs. 192-194
Mario Vargas LLosa
Nasce em Arequipa, Perú em 1936. Obras publicadas:
Para saber mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mario_Vargas_Llosa
Bibliografia
Ficção
- Os Chefes (1959)
- A cidade e os cachorros (Brasil) // A Cidade e os Cães (Portugal) ("La ciudad y los perros") (1963)
- A Casa Verde (1966) (Prémio Rómulo Gallegos)
- Os Filhotes (1967)
- Conversa na catedral (Brasil) // Conversa n'A Catedral (Portugal) (1969)
- Pantaleão e as visitadoras (1973)
- Tia Júlia e o escrevinhador (Brasil) // A Tia Júlia e o Escrevedor (Portugal) (1977)
- A Guerra do Fim do Mundo (1981)
- Historia de Mayta (1984)
- Quem matou Palomino Molero? (1986)
- O falador (1987)
- Elogio da madrasta (1988)
- Lituma nos Andes (1993). Premio Planeta
- Os cadernos de Dom Rigoberto (1997)
- A festa do bode (Brasil) // A Festa do Chibo (Portugal) (2000)
- O Paraíso na Outra Esquina (2003)
- Travessuras da Menina Má (2006)
Teatro
- A menina de Tacna (1981)
- Kathie e o hipopótamo (1983)
- La Chunga (1986)
- El loco de los balcones (1993)
- Olhos bonitos, quadros feios(1996)
Ensaio
- García Márquez: historia de un deicidio (1971)
- Historia secreta de una novela (1971)
- La orgía perpetua: Flaubert y «Madame Bovary» (1975)
- Contra viento y marea. Volume I (1962-1982) (1983)
- Contra viento y marea. Volume II (1972-1983) (1986)
- La verdad de las mentiras: Ensayos sobre la novela moderna (1990)
- Contra viento y marea. Volumen III (1964-1988) (1990)
- Carta de batalla por Tirant lo Blanc (1991)
- Desafíos a la libertad (1994)
- La utopía arcaica. José María Arguedas y las ficciones del indigenismo (1996)
- Cartas a un novelista (1997)
- El lenguaje de la pasión (2001)
- La tentación de lo imposible (2004)
Prémios e condecorações
Ao longo de sua carreira, Mario Vargas Llosa recebeu inúmeros prémios e condecorações. Destacamos alguns: o Prémio Rómulo Gallegos (1967) e principalmente o Prémio Cervantes (1994). Outros prémios, a saber, o Prémio Nacional de Novela do Peru em 1967, por seu romance A Casa Verde, o Prémio Príncipe das Astúrias de Letras Espanha (1986) e o Prémio da Paz de Autores da Alemanha, concedido na Feira do Livro de Frankfurt (1997). Em 1993 foi concedido o Prémio Planeta por seu romance Lituma nos Andes. Uma grande relevância na sua carreira literária Prémio Biblioteca Breve, que se deu por Batismo de Fogo, em 1963, marca o início de sua brilhante carreira literária internacional. É membro da Academia Peruana de Línguas desde 1977, e da Real Academia Española (RAE) desde 1994. Tem vários doutorados honoris causa por universidades da Europa, América e Ásia; pode-se citar os concedidos pelas universidades de Yale (1994), Universidade de Israel (1998), Harvard (1999), Universidade de Lima (2001), Oxford (2003), Universidade Europeia de Madrid (2005) e Sorbonne (2005). Foi condecorado pelo governo francês com Medalha de honra em 1985.Nobel da Literatura
Ganhou o prémio Nobel da literatura em 2010Para saber mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mario_Vargas_Llosa
Martin Luther King - Conceito e imagem da religião
Extracto dum trabalho escolar apresentado no Seminário Crozer em 28 de Março de 1951. Onde concluiu a licenciatura em 1958.
" É a religião que dá sentido à vida. É a religião que dá sentido ao Universo. É a religião que constitui o melhor incentivo à vida sã. É a religião que nos dá a garantia de que tudo aquilo que é elevado, nobre e valioso será conservado. Acho que estes frutos da religião são as suas maiores virtudes, e certamente nenhum homem no seu perfeito juízo poderá ignorá-las. Tenho assim de concluir que qualquer visão ateísta é não só insana do ponto de vista filosófico mas também desventajosa do ponto de vista prático. A minha grande aspiração, agora, é passar por essa experiência religiosa de que o Dr. Brightman tão convincentemente fala ao longo do seu livro. (Dr.Edgar S. Brightman: A Philosophy of Religion). Tudo indica ser uma experiência sem a qual a vida se torna sombria e sem sentido. Porém, agora que penso nisso, vêm-me à memória momentos em que acordei em misteriosa veneração; alturas em que me senti transportado para fora de mim mesmo por algo de maior que eu e a esse algo me dei. Terá esse grande algo sido Deus? Talvez, afinal de contas, eu já seja religioso há vários anos e só agora tenha consciência disso.
Contava então com 22 anos de idade.O posterior Prémio Nobel da Paz em 1964. É assassinado em 1968.
Excerto do livro: Eu Tenho um Sonho. Autobiografia de Martin Luther King. Editorial Bizâncio. Lisboa 2006
" É a religião que dá sentido à vida. É a religião que dá sentido ao Universo. É a religião que constitui o melhor incentivo à vida sã. É a religião que nos dá a garantia de que tudo aquilo que é elevado, nobre e valioso será conservado. Acho que estes frutos da religião são as suas maiores virtudes, e certamente nenhum homem no seu perfeito juízo poderá ignorá-las. Tenho assim de concluir que qualquer visão ateísta é não só insana do ponto de vista filosófico mas também desventajosa do ponto de vista prático. A minha grande aspiração, agora, é passar por essa experiência religiosa de que o Dr. Brightman tão convincentemente fala ao longo do seu livro. (Dr.Edgar S. Brightman: A Philosophy of Religion). Tudo indica ser uma experiência sem a qual a vida se torna sombria e sem sentido. Porém, agora que penso nisso, vêm-me à memória momentos em que acordei em misteriosa veneração; alturas em que me senti transportado para fora de mim mesmo por algo de maior que eu e a esse algo me dei. Terá esse grande algo sido Deus? Talvez, afinal de contas, eu já seja religioso há vários anos e só agora tenha consciência disso.
Contava então com 22 anos de idade.O posterior Prémio Nobel da Paz em 1964. É assassinado em 1968.
Excerto do livro: Eu Tenho um Sonho. Autobiografia de Martin Luther King. Editorial Bizâncio. Lisboa 2006
Oráculo de Delfos - Grécia
Oráculo de Delfos
Delfos é uma cidade da antiga Grécia, situada na Fócida, a norte do Golfo de Corinto, nas encostas sudoeste do monte Parnaso. Esta cidade ficou famosa pelo seu oráculo e pelos Jogos Píticos que aí se celebravam de 4 em 4 anos, no meio das Olimpíadas.
O oráculo de Delfos foi o mais importante dos tempos clássicos.
Oráculo significa a resposta de um deus a uma questão que lhe é feita por alguém que o adora ou pelo corpo de sacerdotes que administra um santuário. A vontade do deus era manifestada através de dados lançados ou da observação de signos, como é o caso do movimento de objectos atirados para dentro de fontes, o movimento da imagem do deus quando era transportada, as marcas das entranhas das vítimas que eram sacrificadas perante o altar do deus e pelo ressoar do cair das sementes no altar do deus. Depois de cumpridos os ritos preliminares de purificação e sacrifício, o inquiridor que consultava o oráculo dormia toda a noite no santuário e tinha uma visão. Nos oráculos mais desenvolvidos, o deus falava através de um homem ou de uma mulher, como é o caso do oráculo de Delfos presidido pelo deus Apolo. Aqui o oráculo era fornecido pela Pítia, uma mulher jovem, profetisa, que após passar alguns dias em cerimónias de purificação, entrava em transe, durante o qual ouvia as perguntas que lhe eram feitas. As suas palavras confusas eram interpretadas e traduzidas pelos sacerdotes, em prosa ou em verso, com uma certa dose de ambiguidade, para não dizer inexplicáveis para o inquiridor, que tinha de recorrer a peritos para compreender a resposta.
Nos primeiros tempos, a Pítia era consultada uma vez por ano. Mais tarde, a consulta ao oráculo passou a ser mensal, com a excepção dos três meses de Inverno, durante os quais o deus Apolo, segundo os gregos, abandonava Delfos. O prestígio do oráculo de Delfos foi crescendo ao longo dos tempos. Este oráculo era consultado por particulares, acerca de assuntos privados e, por chefes de Estado e do Governo. Desde o século VI ao século IV a. C. que o oráculo de Delfos desempenhou, assim, um papel muito importante na política da Grécia, favorecendo a colonização, já que antes da partida de qualquer grupo este consultava, primeiramente, a Pítia que interpretava a vontade de Apolo e lhes dava a orientação acerca do território onde deveriam fundar a nova cidade. Além disso, e acima de tudo, este oráculo foi de suma importância porque proporcionava às cidades mais isoladas da Grécia terem um local de encontro para verem os Jogos Píticos.
Porém, o oráculo foi perdendo o seu crédito, uma vez que em questões importantes para a vida da pólis se recusou a dar respostas concretas. Sob o domínio do Império Romano, o oráculo voltou a gozar de um certo revivalismo no tempo de Adriano, mas a astrologia foi ganhando importância, proporcionando uma nova fonte alternativa de profecias. Com o surgir do cristianismo como religião oficial do império romano de Constantino, o oráculo de Delfos chegou ao fim.
Informação tomada de Diciopédia. Porto Editora 2008
O oráculo de Delfos foi o mais importante dos tempos clássicos.
Oráculo significa a resposta de um deus a uma questão que lhe é feita por alguém que o adora ou pelo corpo de sacerdotes que administra um santuário. A vontade do deus era manifestada através de dados lançados ou da observação de signos, como é o caso do movimento de objectos atirados para dentro de fontes, o movimento da imagem do deus quando era transportada, as marcas das entranhas das vítimas que eram sacrificadas perante o altar do deus e pelo ressoar do cair das sementes no altar do deus. Depois de cumpridos os ritos preliminares de purificação e sacrifício, o inquiridor que consultava o oráculo dormia toda a noite no santuário e tinha uma visão. Nos oráculos mais desenvolvidos, o deus falava através de um homem ou de uma mulher, como é o caso do oráculo de Delfos presidido pelo deus Apolo. Aqui o oráculo era fornecido pela Pítia, uma mulher jovem, profetisa, que após passar alguns dias em cerimónias de purificação, entrava em transe, durante o qual ouvia as perguntas que lhe eram feitas. As suas palavras confusas eram interpretadas e traduzidas pelos sacerdotes, em prosa ou em verso, com uma certa dose de ambiguidade, para não dizer inexplicáveis para o inquiridor, que tinha de recorrer a peritos para compreender a resposta.
Nos primeiros tempos, a Pítia era consultada uma vez por ano. Mais tarde, a consulta ao oráculo passou a ser mensal, com a excepção dos três meses de Inverno, durante os quais o deus Apolo, segundo os gregos, abandonava Delfos. O prestígio do oráculo de Delfos foi crescendo ao longo dos tempos. Este oráculo era consultado por particulares, acerca de assuntos privados e, por chefes de Estado e do Governo. Desde o século VI ao século IV a. C. que o oráculo de Delfos desempenhou, assim, um papel muito importante na política da Grécia, favorecendo a colonização, já que antes da partida de qualquer grupo este consultava, primeiramente, a Pítia que interpretava a vontade de Apolo e lhes dava a orientação acerca do território onde deveriam fundar a nova cidade. Além disso, e acima de tudo, este oráculo foi de suma importância porque proporcionava às cidades mais isoladas da Grécia terem um local de encontro para verem os Jogos Píticos.
Porém, o oráculo foi perdendo o seu crédito, uma vez que em questões importantes para a vida da pólis se recusou a dar respostas concretas. Sob o domínio do Império Romano, o oráculo voltou a gozar de um certo revivalismo no tempo de Adriano, mas a astrologia foi ganhando importância, proporcionando uma nova fonte alternativa de profecias. Com o surgir do cristianismo como religião oficial do império romano de Constantino, o oráculo de Delfos chegou ao fim.
Informação tomada de Diciopédia. Porto Editora 2008
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Portugal e o idioma português
PORTUGAL e o idioma português
O português é o quinto idioma mais falado mundo – mais de 260 milhões de pessoas utilizam como língua principal para se comunicar. Entre os países que o tem como idioma oficial, citamos o Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Guiné Equatorial.
Em 1990 foi criado o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que tem por objetivo padronizar a escrita de algumas palavras em todos os países que o utilizam oficialmente. O Brasil aderiu ao acordo em 2009. Ver mais informações aqui: http://www.infoescola.com/portugues/
Em 1990 foi criado o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que tem por objetivo padronizar a escrita de algumas palavras em todos os países que o utilizam oficialmente. O Brasil aderiu ao acordo em 2009. Ver mais informações aqui: http://www.infoescola.com/portugues/
terça-feira, 19 de outubro de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Robinson Crusoe
o livro de Daniel Defof, Robinson Crusoé e o livro da semana explicado pelo Dr. João Luis Fernandez da Universidade de Coimbra. Veja o Video.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
A Carbonária Portuguesa
MEMORIAL REPUBLICANO LIV
LIV - A Carbonária Portuguesa
A história do carbonarismo em Portugal está por fazer e dificilmente poderá ser erguida com inteira garantia de veracidade. Escasseia a documentação, até porque este tipo de organizações secretas não pretendia guardar memórias para o futuro, uma vez que pesavam mais as urgências do presente e, por outro lado, o sigilo equivalia à garantia de defesa contra a agressividade policial. O movimento, em Portugal, terá remontado ao período do Ultimato, sabendo-se que a revolta de 31 de Janeiro de 1891 já contou com a organização secreta de núcleos populares armados. Mas foi indubitavelmente sob os rigores da ditadura franquista que a Carbonária Portuguesa se organizou e mais disciplinadamente se ampliou. Referimo-nos àquela organização que foi dirigida por uma Alta Venda dirigida por um triunvirato a que pertenciam Machado Santos, Luz de Almeida e António Maria da Silva.
A Carbonária Portuguesa apresentava a “choça” como unidade de base, sendo esta composta por um número de combatentes inferior a vinte; as “barracas” eram constituídas pelos chefes de cerca de vinte “choças”; as “vendas” eram formadas pelos presidentes de vinte “barracas”. A “Alta Venda” resultava da agremiação das chefias de vinte ou mais “vendas”. Os desígnios da organização eram muito claros, pois pretendiam aliciar e armar um exército popular, completamente devotado à tarefa de destruir o regime monárquico pela força. As aliciações, na maior parte dos casos, faziam-se nos quartéis, chamando à causa as praças e os sargentos de condição económica e social mais humilde. Esta regra era também observada nos recrutamentos feitos fora das unidades militares. Exigia-se ao novo membro uma dedicação ilimitada, que ia ao ponto do sacrifício da vida, se tal fosse necessário. As traições, delações ou denúncias seriam punidas com a morte do prevaricador. Por outro lado, as iniciações faziam-se solenemente, em locais ermos, obedecendo a um cerimonial proto-maçónico, no qual era usual a exibição de armas e todo um solene interrogatório, tendente a comprovar a solidez de vontade do neófito. Os símbolos carbonários reproduziam esta mística de combate, neles aparecendo os punhais, os machados, as estrelas de cinco pontas e os triângulos formados por três pontos de vértice invertido. Era invocada frequentemente a divisa que fora divulgada pela revolução francesa de 1789: “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”.
Se Machado Santos centrou a acção da Carbonária preferencialmente no plano militar, António Maria da Silva e Luz Almeida trabalharam intensamente as regiões do interior de Portugal, agindo sistematicamente junto dos estratos mais baixos da sociedade civil. No interior do Partido Republicano, nem todos apreciavam por igual a latitude e intenção do movimento carbonário. Se António José de Almeida o apreciava, vindo a ser o elo de ligação entre o Directório do Partido Republicano e a Carbonária, João Chagas não lhe dava qualquer cobertura e procurou mesmo dissuadi-lo. O seu receio é que, chegada a hora, viessem a fazer-se revoluções paralelas sem coordenação. O ensaio geral do carbonarismo em luta verificou-se no decurso da tentativa revolucionária de 28 de Janeiro de 1908. Tal tentativa malogrou-se, devido a notórias deficiências de planeamento, embora o movimento congregasse sectores muito diversificados, que iam do republicanismo ao anarquismo e deste á Dissidência Progressista de José de Alpoim, estando ainda representados alguns militantes isolados do socialismo.
É muito provável que fique para sempre no limbo do virtual o apuramento do número global dos carbonários, quando a organização atingiu o máximo da sua capacidade de aliciação. O que se sabe é que a Carbonária Portuguesa foi a mais impaciente quando se tratou de marcar a data da eclosão revolucionária e conformou-se dificilmente com os sucessivos adiamentos das alturas inicialmente previstas para o efeito. E é também sabido que foram os civis e militares carbonários os elementos mais activos e decididos na difícil e indecisa marcha da revolução de 5 de Outubro de 1910.
A Carbonária Portuguesa apresentava a “choça” como unidade de base, sendo esta composta por um número de combatentes inferior a vinte; as “barracas” eram constituídas pelos chefes de cerca de vinte “choças”; as “vendas” eram formadas pelos presidentes de vinte “barracas”. A “Alta Venda” resultava da agremiação das chefias de vinte ou mais “vendas”. Os desígnios da organização eram muito claros, pois pretendiam aliciar e armar um exército popular, completamente devotado à tarefa de destruir o regime monárquico pela força. As aliciações, na maior parte dos casos, faziam-se nos quartéis, chamando à causa as praças e os sargentos de condição económica e social mais humilde. Esta regra era também observada nos recrutamentos feitos fora das unidades militares. Exigia-se ao novo membro uma dedicação ilimitada, que ia ao ponto do sacrifício da vida, se tal fosse necessário. As traições, delações ou denúncias seriam punidas com a morte do prevaricador. Por outro lado, as iniciações faziam-se solenemente, em locais ermos, obedecendo a um cerimonial proto-maçónico, no qual era usual a exibição de armas e todo um solene interrogatório, tendente a comprovar a solidez de vontade do neófito. Os símbolos carbonários reproduziam esta mística de combate, neles aparecendo os punhais, os machados, as estrelas de cinco pontas e os triângulos formados por três pontos de vértice invertido. Era invocada frequentemente a divisa que fora divulgada pela revolução francesa de 1789: “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”.
Se Machado Santos centrou a acção da Carbonária preferencialmente no plano militar, António Maria da Silva e Luz Almeida trabalharam intensamente as regiões do interior de Portugal, agindo sistematicamente junto dos estratos mais baixos da sociedade civil. No interior do Partido Republicano, nem todos apreciavam por igual a latitude e intenção do movimento carbonário. Se António José de Almeida o apreciava, vindo a ser o elo de ligação entre o Directório do Partido Republicano e a Carbonária, João Chagas não lhe dava qualquer cobertura e procurou mesmo dissuadi-lo. O seu receio é que, chegada a hora, viessem a fazer-se revoluções paralelas sem coordenação. O ensaio geral do carbonarismo em luta verificou-se no decurso da tentativa revolucionária de 28 de Janeiro de 1908. Tal tentativa malogrou-se, devido a notórias deficiências de planeamento, embora o movimento congregasse sectores muito diversificados, que iam do republicanismo ao anarquismo e deste á Dissidência Progressista de José de Alpoim, estando ainda representados alguns militantes isolados do socialismo.
É muito provável que fique para sempre no limbo do virtual o apuramento do número global dos carbonários, quando a organização atingiu o máximo da sua capacidade de aliciação. O que se sabe é que a Carbonária Portuguesa foi a mais impaciente quando se tratou de marcar a data da eclosão revolucionária e conformou-se dificilmente com os sucessivos adiamentos das alturas inicialmente previstas para o efeito. E é também sabido que foram os civis e militares carbonários os elementos mais activos e decididos na difícil e indecisa marcha da revolução de 5 de Outubro de 1910.
publicado por Amadeu Carvalho Homem 4 de Julho 2010 no seu blog. Livre e Humano
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Parabéns Espanha campeã do mundial 2010
Felicitaciones a España, pues demostrou que tiene un gran equipo y que pudo exponer una vez más ante el mudno porqué España no es que parezca ser la mejor, ( en el futbol) sino que España es la mejor!
!Chúpate esa mandarina!
!Chúpate esa mandarina!
domingo, 20 de junho de 2010
terça-feira, 15 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
D.Carlos I e Jão Franco
MEMORIAL REPUBLICANO
LI - D. Carlos patrocina a ditadura
O governo que João Franco organizara foi, nele
próprio, uma contradição e uma mentira.
Patrocinado por José Luciano de Castro, cuja
doença e velhice lhe obstava a natural chefia,
e levado ao terreno por João Franco, cujo
partido por ele inventado era um
arremedo de grandeza política, tal
governo foi desdizendo tudo o que prometera.
Franco declarara ser uma “ignóbil
porcaria” a lei eleitoral que o seu
antigo chefe regenerador preparara contra
si; mas, mal se apanhou no Poder, não
tomou a menor iniciativa para a substituir.
O mesmo Franco prometera reformas
e liberdades, dizendo querer
“governar à inglesa”,constitucionalmente,
e confessando intuitos de“caçar no mesmo
terreno dos republicanos”, impulsionando
Portugal para a modernidade e para
a tolerância; porém, tornavam-se notórios
os seus esgares de impaciência nas
casas do Parlamento e fora delas, como
se lhe fosse de todo impossível escapar
à sua antiga sina de irritável déspota.
próprio, uma contradição e uma mentira.
Patrocinado por José Luciano de Castro, cuja
doença e velhice lhe obstava a natural chefia,
e levado ao terreno por João Franco, cujo
partido por ele inventado era um
arremedo de grandeza política, tal
governo foi desdizendo tudo o que prometera.
Franco declarara ser uma “ignóbil
porcaria” a lei eleitoral que o seu
antigo chefe regenerador preparara contra
si; mas, mal se apanhou no Poder, não
tomou a menor iniciativa para a substituir.
O mesmo Franco prometera reformas
e liberdades, dizendo querer
“governar à inglesa”,constitucionalmente,
e confessando intuitos de“caçar no mesmo
terreno dos republicanos”, impulsionando
Portugal para a modernidade e para
a tolerância; porém, tornavam-se notórios
os seus esgares de impaciência nas
casas do Parlamento e fora delas, como
se lhe fosse de todo impossível escapar
à sua antiga sina de irritável déspota.
Aquele governo era também um enigma
perante a opinião pública. Esta interrogava-se
sobre se seria o franquismo a tomar
conta do Partido Progressista, se seria
este a absorver aquele, ou se cada um
deles, servida a opípara refeição governativa,
seguiria tranquilamente o seu caminho.
Era isto que Hintze Ribeiro perguntava,
utilizando as seguintes palavras: os dois
partidos “ fundem-se e consubstanciam-se
ou só se juntam, em termos eventuais,
para um momento de acção governativa?”.
perante a opinião pública. Esta interrogava-se
sobre se seria o franquismo a tomar
conta do Partido Progressista, se seria
este a absorver aquele, ou se cada um
deles, servida a opípara refeição governativa,
seguiria tranquilamente o seu caminho.
Era isto que Hintze Ribeiro perguntava,
utilizando as seguintes palavras: os dois
partidos “ fundem-se e consubstanciam-se
ou só se juntam, em termos eventuais,
para um momento de acção governativa?”.
A crise, previsível devido aos tumultos que
a“questão dos adiantamentos” provocara
na Câmara dos Deputados, declarou-se
sem disfarce quando os ministros da
Justiça, José Novais, e dos Estrangeiros,
Luís de Magalhães, apresentaram as suas
demissões. Uma só pessoa, em tais
circunstâncias, poderia propiciar uma
continuidade aceitável de governo. Era
necessário que o velho José Luciano de
Castro lançasse a João Franco a bóia
da salvação. Era forçoso que ele viesse
dizer que a concentração liberal estava
ali para durar e que o seu Partido
Progressista ajudaria novamente o
franquismo a aguentar-se no mando.
Mas quando João Franco pediu ao
patriarca do Palácio dos Navegantes
alguns dos nomes mais sonantes para
restabelecer o crédito do governo, a
resposta que obteve foi um não rotundo,
peremptório. João Franco naufragava.
Ficava só, irremediavelmente só, nos
termos previstos pela Carta Constitucional.
a“questão dos adiantamentos” provocara
na Câmara dos Deputados, declarou-se
sem disfarce quando os ministros da
Justiça, José Novais, e dos Estrangeiros,
Luís de Magalhães, apresentaram as suas
demissões. Uma só pessoa, em tais
circunstâncias, poderia propiciar uma
continuidade aceitável de governo. Era
necessário que o velho José Luciano de
Castro lançasse a João Franco a bóia
da salvação. Era forçoso que ele viesse
dizer que a concentração liberal estava
ali para durar e que o seu Partido
Progressista ajudaria novamente o
franquismo a aguentar-se no mando.
Mas quando João Franco pediu ao
patriarca do Palácio dos Navegantes
alguns dos nomes mais sonantes para
restabelecer o crédito do governo, a
resposta que obteve foi um não rotundo,
peremptório. João Franco naufragava.
Ficava só, irremediavelmente só, nos
termos previstos pela Carta Constitucional.
Foi aqui que emergiu um novo comparsa para
uma farsa que iria terminar em
tragédia. Esse comparsa foi o rei D.
Carlos, Vencido suplente e admirador
secreto de soluções rijas, musculadas. O
monarca iria patrocinar a ditadura de
um só homem contra todas as
forças políticas organizadas de um
Reino. É esta cegueira que torna
tristemente espantosa tal decisão.
D. Carlos sabia, tão bem ou melhor do
que João Franco, que a ditadura
deste iria desencadear-se contra
a totalidade do pequeno mundo político
lusitano: contra os regeneradores, que
não perdoavam a cisão; contra os
progressistas, que tinham posto fim
à concentração liberal ; contra os
dissidentes de Alpoim, que abominavam
tanto o rei como o valido do rei; contra
os republicanos, por motivos
óbvios; contra os socialistas e os
anarquistas, por razões ainda
mais evidentes. Certamente poderia
agradar a D. Carlos uma “vida nova”,
tal como a previra Oliveira Martins, nos
seus papéis de literato, de sociólogo
e de economista … todo teórico. O
penúltimo dos Braganças iria viabilizar
o franquismo em ditadura,
escrevendo ao chefe daquela
escassa patrulha uma carta pessoal,
datada de 9 de Maio, onde
podia ler-se: “(…) continuemos
serenamente, com calma, mas com
firmeza a nossa obra. Neste caminho
encontrarás tu e os teus colegas todo
o meu apoio o mais rasgado e o mais
franco, porque considero que só
assim, dadas as circunstâncias
em que nos encontramos, poderemos
fazer alguma cousa boa e útil para
o nosso País”. D. Carlos queria
continuarserenamente, quando ia
reunir todas as razões para a
instabilidade; e falava também na
nossa obra, como se tivesse sido
acometido de uma amnésia súbita,
olvidando que um monarca
constitucional reina, mas não governa.
uma farsa que iria terminar em
tragédia. Esse comparsa foi o rei D.
Carlos, Vencido suplente e admirador
secreto de soluções rijas, musculadas. O
monarca iria patrocinar a ditadura de
um só homem contra todas as
forças políticas organizadas de um
Reino. É esta cegueira que torna
tristemente espantosa tal decisão.
D. Carlos sabia, tão bem ou melhor do
que João Franco, que a ditadura
deste iria desencadear-se contra
a totalidade do pequeno mundo político
lusitano: contra os regeneradores, que
não perdoavam a cisão; contra os
progressistas, que tinham posto fim
à concentração liberal ; contra os
dissidentes de Alpoim, que abominavam
tanto o rei como o valido do rei; contra
os republicanos, por motivos
óbvios; contra os socialistas e os
anarquistas, por razões ainda
mais evidentes. Certamente poderia
agradar a D. Carlos uma “vida nova”,
tal como a previra Oliveira Martins, nos
seus papéis de literato, de sociólogo
e de economista … todo teórico. O
penúltimo dos Braganças iria viabilizar
o franquismo em ditadura,
escrevendo ao chefe daquela
escassa patrulha uma carta pessoal,
datada de 9 de Maio, onde
podia ler-se: “(…) continuemos
serenamente, com calma, mas com
firmeza a nossa obra. Neste caminho
encontrarás tu e os teus colegas todo
o meu apoio o mais rasgado e o mais
franco, porque considero que só
assim, dadas as circunstâncias
em que nos encontramos, poderemos
fazer alguma cousa boa e útil para
o nosso País”. D. Carlos queria
continuarserenamente, quando ia
reunir todas as razões para a
instabilidade; e falava também na
nossa obra, como se tivesse sido
acometido de uma amnésia súbita,
olvidando que um monarca
constitucional reina, mas não governa.
Seguiu-se a tudo isto o decreto de 10
de Maio de 1907, encerrando
o parlamento e inaugurando, com toda
a explicitude, a ditadura de João
Franco, antecâmara de uma
tragédia que não demoraria a chegar.
de Maio de 1907, encerrando
o parlamento e inaugurando, com toda
a explicitude, a ditadura de João
Franco, antecâmara de uma
tragédia que não demoraria a chegar.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Tipos de Alunos Problemáticos
Tipos de Alunos Problemáticos
Considerados por Brophy. J. & Good (1996):
Alunos com problemas de realização escolar
.Síndroma de fracasso
. perfeccionistas
.subrealizadores
.baixo rendimento
Alunos com Problemas de Hostilidade
. hostis-agressivos
.passivos agressivos
.desafiadores
Alunos com problemas em cumprir as exigências do papel do aluno
. hiperactivos
.distraídos
.imaturos
Alunos com problemas de isolamento social.
. Rejeitados pelos pares
.Tímidos/isolados
As características de cada um de estes sub-grupos são, resumidamente as seguintes:
1. Síndroma de Fracasso - estes alunos estão convencidos que não conseguem fazer os trabalhos escolares. Frequentemente evitam começar ou desistem facilmente
a. facilmente se sentem frustrados
b. desistem facilmente
c. dizem "não sei fazer"
2. perfeccionistas - alunos invulgarmente ansiosos quanto à eventualidade de cometer erros. Os padrões de realização que se impõem são irrealisticamente elevados nunca ficando satisfeitos com o seu trabalho (nas ocasiões em que deveriam ficar)
a. perfeccionistas
b.frequentemente ansiosos/receosos/frustrados com a qualidade do seu trabalho.
c. evitam participar a menos que estejam absolutamente seguros de si.
3. subrealizadores - estes alunos fazem apenas o mínimo indispensável. Não valorizam o trabalho escolar.
a. indiferentes à escola
b. mínimos em termos de trabalho
c. o trabalho escolar não os incentiva; baixa motivação
4.- baixo rendimento - estes alunos têm dificuldades , mesmo que tenham vontade de trabalhar. O problema é a baixa capacidade ou a impreparação, mais do que a falta de motivação.
a. dificuldades em seguir orientações
b.- dificuldades em completar trabalhos
c. baixa capacidade de retenção
d. zangam-se facilmente
5. hostis -agressivos - expressam a hostilidade através de comportamentos directos e "intensos". Não são facilmente controláveis.
a. intimidam e ameaçam
b. batem e empurram
c. danificam propriedade
d. incompatibilizam-se
e. exibem a hostilidade
f. zangam-se facilmente
6. passivos -agressivos - expressam oposição e resistência ao professor, mas de forma indirecta. Muitas vezes é difícil saber se estão a resistir deliberadamente ou não.
a. oposição e teimosia subtis
b. procuram controlar
c. submetem-se com dificuldades às regras
d. alteram (desfiguram) objectos, mais do danificam
e. perturbam sub -repticiamente
f.arrastam os pés provocatoriamente
7. desafiador - resiste à autoridade e trava uma luta pelo poder com o professor. Quer fazer as coisas à sua maneira e rejeita que lhe digam o que tem que fazer.
a. resiste verbalmente utilizando expressões como:
1. "Não me pode obrigar"
2. "Não me pode dizer o que é que eu tenho que fazer"
3. "Não faço"
b- resiste de forma verbal com atitudes de tipo:
1. olhar com expressão carrancuda, faz caretas, imita o professor
2. braços cruzados, mãos nos quadris, pé a bater no chão
3. olhar para o lado quando falam para ele
4. rir-se em momentos inapropriados
5. ser fisicamente violento para com o professor
6. fazer deliberadamente aquilo que o professor proibiu
8. hiperactivo - movimentação constante e excessiva, mesmo quando sentado. Frequentemente os movimentos parecem não ter objectivo.
a. contorce-se, bamboleia-se, arranha
b. excita-se facilmente
c. faz comentários e fornece respostas inapropriados
d.está frequentemente fora do lugar
e. perturba os outros alunos com barulhos e movimentos
f. energia não direccionada para as tarefas escolares
g. mexe excessivamente nos objectos e nas pessoas
9. distraível - baixos níveis de atenção. Parece incapaz de manter a atenção e concentração. Facilmente distraível para sons, visões e conversas.
a. dificuldades de adaptação às mudanças
b. raramente completa as tarefas
10. imaturo - baixa estabilidade emocional, baixo auto-controlo, pouca capacidade de tomar conta de si, competências sociais e/ou responsabilidade inadequadas.
a.exibe frequentemente comportamentos próprios de crianças mais novas
b. pode chorar com facilidade
c. perde as coisas
d. com frequência parece perdido, incompetente e/ou dependente
11. rejeitado pelos pares - procura interagir com os pares mas é rejeitado, ignorado ou excluído.
a. vê-se forçado a trabalhar ou a brincar sozinho
b. falta de competências sociais
c. frequentemente "gozado"
12. tímidos/isolados - evitam interacções sociais, são sossegados e não intrusivos e não respondem convenientemente aos outros.
a. sossegados e sóbrios
b.não tomem iniciativas nem se oferecem voluntariamente aos outros
c. não chamam a atenção sobre si próprios.
Se queres saber mais, esta informação se encontra em: Lopes, João A. (2001) Problemas de Comportamento, Problemas de Aprendizagem, Problemas de "Ensinagem". Quarteto Editora. Colecção Nova Era. Educação e Sociedade. Págs. 32-35
quarta-feira, 26 de maio de 2010
O que é o iluminismo? Immanuel Kant
escrito em 1783: Resposta à pregunta: Que é o iluminismo?
O iluminismo é a saída do homem da sua menoridade de que ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de se servir do entendimento sem a orientação de outrem. Tal menoridade é a culpa própria se a sua causa não reside na falta de entendimento, mas na falta de decisão e de coragem em se servir de si mesmo sem a orientação de outrem, Sapere aude! Tem a coragem de te servires do teu próprio entendimento! Eis a palavra de ordem do iluminismo.
Tirado do livro: Immanuel Kant. A paz perpétua e outros opúsculos. 1ª edição Edições 70. Pág.11
O iluminismo é a saída do homem da sua menoridade de que ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de se servir do entendimento sem a orientação de outrem. Tal menoridade é a culpa própria se a sua causa não reside na falta de entendimento, mas na falta de decisão e de coragem em se servir de si mesmo sem a orientação de outrem, Sapere aude! Tem a coragem de te servires do teu próprio entendimento! Eis a palavra de ordem do iluminismo.
Tirado do livro: Immanuel Kant. A paz perpétua e outros opúsculos. 1ª edição Edições 70. Pág.11
terça-feira, 25 de maio de 2010
Ácaros. ?omo combatê-los?
Prevenir a asma e alergia combatendo os ácaros |
Bem Estar e Saúde - Alergias |
O que são ácaros? Será possível diminuir a exposição aos ácaros? Prevenção da acumulação de pó Cuidados a ter com a cama Eliminação do pó: o uso do aspirador Outros métodos O que são ácaros? Os ácaros do pó da casa são considerados em todo o mundo, particularmente nos países ocidentais e industrializados, como a principal causa de alergias do aparelho respiratório. Os ácaros são animais de dimensões microscópicas que vivem no pó existente nas nossas casas. No entanto, também se encontram presentes nas alcatifas e outros revestimentos têxteis, como os cobertores, almofadas, colchões, tapetes e bonecos de peluche. Os ácaros do pó da casa são considerados em todo o mundo, particularmente nos países ocidentais e industrializados, como a principal causa de alergias do aparelho respiratório. Preferem locais húmidos e com temperaturas amenas, sendo o Outono a altura do ano em que habitualmente existe maior proliferação dos ácaros, dadas as condições favoráveis de temperatura e humidade. Alimentam-se principalmente dos restos de pele humana que se liberta do nosso corpo por descamação, e que ficam sobretudo nas roupas da cama e colchões. Os ácaros não transmitem qualquer tipo de doença. Contudo, a exposição (sobretudo através das vias respiratórias) a determinadas proteínas que existem no seu corpo e excrementos, pode causar o aparecimento de doenças alérgicas. Ao contrário dos pólens que provocam alergias durante a Primavera, a alergia aos ácaros mantém-se de uma forma mais ou menos intensa ao longo de todo o ano (embora mais acentuada no Outono e Inverno). Será possível diminuir a exposição aos ácaros? A diminuição do número de ácaros no interior da casa, é um factor decisivo no tratamento do doente alérgico ao pó da casa. O combate a estes animais deverá incidir primariamente no quarto de dormir e depois, tanto quanto possível, estender-se ao resto da casa. Diversos métodos de evicção tem sido recomendados e comercializados: Prevenção da acumulação de pó. A prevenção da acumulação de pó no interior das casas é importante para a redução dos “ninhos” onde os ácaros habitualmente vivem e consequentemente para a diminuição do seu número. Várias medidas devem ser tomadas, particularmente no quarto de dormir: Devem ser eliminadas as alcatifas e tapetes grossos. O pavimento deve ser liso, por exemplo em madeira ou vinilo e facilmente lavável. As paredes devem ser lisas e o papel de parede deve ser retirado Não usar reposteiros. Preferir cortinas simples e em material sintético Preferir móveis lisos e pouco trabalhados para não acumularem pó Não ter aparelhagens de música, televisão e computadores no quarto Não guardar livros, discos, CD´s, brinquedos e bonecos de peluche no quarto de dormir Cuidados a ter com a cama. Devem ser utilizados preferencialmente edredons de material sintético (não usar os de penas) no lugar dos cobertores. Utilizar almofadas de espuma ou outro material sintético. Devem ser substituídas periodicamente (por exemplo de 3 em 3 anos) Evitar os lençóis de flanela, optando pelo algodão. Os cobertores felpudos não devem ser usados. Quando usar cobertores preferir os de fibras sintéticas, e usar por cima deles uma coberta, colcha lisa ou edredon. Os lençóis, fronhas das almofadas e edredons devem ser lavados a temperaturas superiores a 55ºC, pois só assim é possível a remoção eficaz dos ácaros e das suas partículas. A utilização de coberturas anti-ácaros para almofadas e colchões é considerado um método muito eficaz na redução dos níveis de ácaros na cama e assim devem ser recomendadas aos doentes alérgicos aos ácaros. No entanto, nem todas as coberturas comercializadas possuem igual eficácia. Eliminação do pó: o uso do aspirador O quarto de dormir é considerado como local de eleição para a limpeza do pó. No entanto as outras dependências da casa não devem ser esquecidas, particularmente aquelas onde os doentes alérgicos passam mais tempo. A limpeza regular (pelo menos duas vezes/ semana) e cuidadosa do quarto (pavimento, tapetes, sofás, colchão e estrado) com aspirador é importante. Já a aspiração das alcatifas é pouco eficaz na redução dos ácaros que vivem no seu interior. Os aspiradores com filtro HEPA (high efficiency particulate air) são mais eficazes que os aspiradores clássicos na luta anti-ácaros e devem ser recomendados.A utilização de aspiradores dotados de sistemas de lavagem a água ou a vapor de água, que nalguns casos podem também utilizar acaricidas e/ou detergentes tem apresentado resultados divergentes. Outros métodosOutros métodos têm sido também utilizados, mas com resultados variáveis: Utilização de métodos químicos: os Acaricidas Os acaricidas são substâncias químicas capazes de matar os ácaros, existindo sob a forma de pó, espuma ou spray, para aplicação nas alcatifas, pavimentos, revestimentos têxteis e colchões. É necessário aspirar cuidadosamente os locais onde o acaricida foi aplicado para remover os ácaros mortos e as suas partículas. A eficácia dos acaricidas é variável, devendo ser recomendada apenas nalgumas situações particulares e sob orientação do imunoalergologista. Utilização de métodos físicos: o frio e o calor Têm sido estudados vários métodos para a matar os ácaros através de agentes físicos. Os mais estudados têm sido a utilização do frio e calor. A colocação no frigorífico (congelador) ou arcas frigoríficas de roupas de lã, cobertores ou peluches durante 24 horas, seguida de lavagem com água corrente ou na máquina de lavar, é um método eficaz para diminuir a presença de ácaros nestes têxteis. A exposição directa ao sol de roupas, tapetes, colchão é também um método eficaz para diminuir o número de ácaros. Sistemas de filtração e purificação do ar Os sistemas de filtração podem ser úteis para a remoção dos ácaros e outras partículas em suspensão, sobretudo quando possuem filtros HEPA. Já em relação aos aparelhos que utilizam filtros electrostáticos os resultados são contraditórios. Não existem até á data evidências científicas claras que apoiem o benefício clínico dos ionizadores. Modificações das condições climáticas no interior das habitações. A redução da humidade por aumento de ventilação ou sistemas de ventilação mecânica pode desempenhar um papel importante na redução do número de ácaros. No entanto, em climas temperados e húmidos como é o caso do nosso País, estas medidas não têm grande significado. Os sistemas de extracção de vapor de água nas dependências da casa onde há mais vapor de água (cozinha, lavandaria, quarto de banho) são úteis para a redução das taxas de humidade relativa no interior das casas. O estudo do benefícios da utilização de desumidificadores conduziram a resultados pouco concludentes. Conclusão: Existem alguns métodos e produtos que são eficazes na redução e eliminação dos ácaros de nossas casas. No entanto, uma eficaz evicção aos ácaros não pode nunca ser alcançada com a utilização isolada de um destes métodos. Eles devem ser utilizados sempre que possível em conjunto, numa estratégia geral de combate aos múltiplos factores que favorecem a proliferação dos ácaros no seu ambiente particular! Autoria: Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica www.spaic.pt Mais informação em:http://www.medicoassistente.com/alergias/prevenir-a-asma-e-alergia-combatendo-os-acaros |
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