Nesta altura foi internado no Colégio da Lapa, no Porto, de onde saiu em 1861, com dezasseis anos, para a Universidade de Coimbra onde estudou direito. Além do escritor, o casal teria mais seis filh
Eça de Queirós formou-se em Direito em 1866 na Universidade de Coimbra e depois vai para Lisboa. É aqui que o seu pai o ajuda na sua carreira como advogado. No entanto, o verdadeiro interesse de Eça de Queirós reside na literatura, e escreve pequenas histórias - irónicas, fantásticas, macabras, e bastante chocantes -- e ensaios, com uma variedade de temas na Gazeta de Portugal.
Em 1871 associou-se a um grupo de intelectuais rebeldes portugueses inclinados ás reformas sociais e artísticas conhecida como a Geração dos 70. Eça de Queirós denuncia a literatura portuguesa contemporânea como hipócrita e com falta de originalidade.
Serviu como Cônsul, primeiro em Havana (1872-74), depois na Inglaterra -- em Newcastle (1874-79) e em Bristol (1879-88). Durante este tempo escreveu as novelas pelas quais é mais conhecido, e tentou reformar através da literatura , a vida social em Portugal, expondo o que ele chamou de escuro e absurdo na ordem social tradicional.
A sua primeira novela, O Crime do Padre Amaro (1876), descreve os efeitos destrutivos do celibato num padre de fraca personalidade e os perigos do fanatismo religiosos numa vila provincial portuguesa.
Um pouco de sátira num ideal de paixão romântica - se é paixão romântica o que se poderá chamar à leviandade da"prima" Luísa - aparece na sua seguinte novela, O Primo Basílio (1878).
A sátira cáustica caracteriza a novela que é considerada a obra prima de Eça de Queirós, Os Maias (1888), um apanhado em detalhe, da classe média alta e aristocrática da sociedade portuguesa. O tema é a degradação de uma família tradicional envolvida numa série relações sexuais enredadas entre parentes, e que tentam mostrar a decadência da sociedade portuguesa daquela altura.
Eça de Queiroz já tinha tentado este tema, mas de forma mais atrevida e audaz na Tragédia da Rua das Flores, que ficou cerca de 100 anos na gaveta do esquecimento ( Publicado em 1980 ).
A Relíquia, o Mandarim, a Ilustre Casa de Ramires, O Conde de Abranhos, A Capital, a sua tradução das Minas de Salomão - a única tradução no mundo que é melhor que o original - são outras das muitas obras de Eça de Queiroz. São dignas de leitura, e esclarecedoras da universalidade do seu espírito, as suas Cartas de Inglaterra, de Paris e as cartas de Fradique Mendes.
O problema da Irlanda , o Israelismo , e o Afeganistão eram problemas no século XIX, que Eça relata com mestria e que continuam a ser problemas no século XXI.
As suas últimas novelas são sentimentais, como o seu último trabalho A Cidade e as Serras (1901; que exalta a beleza da vida no campo e as virtudes da vida rural. Eça de Queirós foi colocado como cônsul em Paris, onde viveu até à sua morte.
Condensado da Enciclopédia Britânica
Fonte: http://historia-portugal.blogspot.pt/2013/10/eca-de-queiroz-o-maior-novelista.html
Sem comentários:
Enviar um comentário